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Economia
Quinta - 21 de Outubro de 2004 às 17:21

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Os investimentos estrangeiros diretos (destinados à atividade econômica) líquidos no país tiveram aumento substancial neste mês, em relação a setembro, quando a soma de todas as aplicações de recursos externos no setor produtivo chegou a US$ 646 milhões. Conforme informou hoje o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, até ontem haviam entrado US$ 1,1 bilhão e a expectativa é de que os investimentos estrangeiros fechem outubro no patamar de US$ 1,6 bilhão.

Isso, somado aos constantes superávits em transações correntes do balanço de pagamentos, segundo ele, contribuem para "um quadro absolutamente tranqüilo, que permite, inclusive, a redução do endividamento externo". Ele destacou a queda da dívida do setor privado, o que reduz, de forma efetiva, a vulnerabilidade externa.

Setembro foi o quinto mês seguido com fortes saldos da balança comercial, acima de US$ 3 bilhões, possibilitando bons superávits em transações correntes. Tanto que o saldo de US$ 1,741 bilhão, obtido no mês passado, foi o melhor resultado em transações correntes para o mês em análise, segundo Lopes. Com isso, o saldo do balanço de pagamentos no ano já ultrapassa US$ 9,6 bilhões - mais que o dobro dos US$ 4,008 bilhões contabilizados em todo o ano passado.

O economista do BC disse que o "bom desempenho do setor externo" será confirmado também neste mês, e ressaltou que apesar de outubro ser um período com forte concentração de vencimento de juros, o BC estima superávit da ordem de US$ 900 milhões no balanço de pagamentos. Esse comportamento contínuo, segundo ele, cria um fator preponderante para redução da dívida externa.

Embora os números sejam mais defasados, o Departamento Econômico do BC calcula que a dívida externa total no mês de julho somou US$ 202,964 bilhões, com redução de US$ 2,594 bilhões em relação ao mês anterior. Resultado dos pagamentos de bônus do setor privado financeiro, das transferências para organismos internacionais, ganhos com valorização da cesta de moedas estrangeiras e diminuição das obrigações dos bancos comerciais em divisas externas.

O endividamento de médio e longo prazos encolheu US$ 2,206 bilhões e totalizou US$ 183,5 bilhões, enquanto a dívida de curto prazo teve redução de US$ 394 milhões e somou US$ 19,428 bilhões. O setor público não-financeiro responde por US$ 113,694 bilhões (56% do total) e os bancos privados e públicos são responsáveis por US$ 89,269 bilhões (44%).

O relatório do BC mostra, ainda, que no mês passado houve leve redução, de US$ 98 milhões, das reservas internacionais no conceito de liquidez de moeda estrangeira, que inclui os empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI). As reservas totais são de US$ 49,496 bilhões, mas as reservas líquidas ajustadas somam só US$ 22,978 bilhões.




Fonte: Agência Brasil

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