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Presos fazem refém durante 8 horas
Tentativa de fuga frustrada levou detentos a renderem um agente prisional, na cadeia do Capão Grande.
Após oito horas de rebelião, os 255 presos da Cadeia Pública do Capão Grande de Várzea Grande se entregaram ontem à tarde após libertarem o agente prisional Air Gonçalves, feito refém logo pela manhã. Ele ficou o tempo todo com duas armas apontadas para a cabeça. Os presos estavam armados com dois revólveres e uma pistola sendo que, no final, um revólver não foi entregue. Os detentos – entre provisórios e sentenciados - fizeram uma lista de reivindicações encabeçada pela transferência de 20 presos que vieram de Tangará da Serra. Eles exigiram também revisão das penas. Um detento ficou ferido à bala no pé e foi levado ao Pronto-Socorro de Várzea Grande.
Segundo coronel Antônio Campos Filho, que gerenciou a rendição dos presos, a rebelião destruiu cerca de 30% da Cadeia Pública. Os detentos queimaram colchões, arrebentaram camas de concreto, derrubaram paredes e quebraram os bebedouros.
Segundo Campos Filho, a rebelião começou às 7h40, com uma tentativa de fuga em massa. Ele relatou que cerca de 100 presos das alas 1 e 2 tentaram fugir, mas foram impedidos por policiais militares. Os detentos atiraram para o alto e fizeram o agente prisional refém.
“Na verdade, os presos tentaram fugir, mas como não conseguiram, fizeram a rebelião, que se tornou uma espécie de plano B. Eles não sabiam o que negociar porque não tinham nada preparado”, explicou. Rebelados, os presos tentaram destruir o portão principal da entrada. As pancadas fortes assustaram os policiais.
Na seqüência, os presos começaram a queimar colchões, colocados em forma de barricada. A fumaça preta era vista de longe, assustando os familiares que esperavam por respostas do lado de fora. “Meu irmão está lá, não sei se está ferido”, disse uma garota, irmã de um rapaz preso por furto. Ela chegou na frente do presídio assim que soube do motim.
Minutos após iniciar a rebelião, os presos ameaçaram atirar no refém caso as autoridades não iniciassem a negociação. “Eles querem revisão das penas porque alegam que vários detentos já ficaram mais tempo na prisão do que deviam”, disse no início da manhã major Marcos Roberto, do setor de comunicação da PM.
No final da manhã, os detentos exigiram a presença do juiz da Vara das Execuções Penais de Várzea Grande Abel Balbino Guimarães, da representante da OAB na Comissão dos Direitos Humanos, advogada Betsy de Miranda, e do diretor da cadeia, Rômulo Nogueira de Arruda.
Mas os presos se desentenderam e as negociações foram suspensas, retornando por volta das 14 horas. Cerca de uma hora e meia depois, os detentos se entregaram na presença de Betsey de Miranda. A cena foi filmada pela imprensa, uma exigência dos presos.
Após a rebelião, os PMs fizeram uma revista para tentar localizar a terceira arma e outros objetos como telefones celulares e chuços. Coronel Campos Filho informou ainda que, diante da destruição da cadeia, alguns presos serão transferidos, mas somente a partir de hoje.
Após oito horas de rebelião, os 255 presos da Cadeia Pública do Capão Grande de Várzea Grande se entregaram ontem à tarde após libertarem o agente prisional Air Gonçalves, feito refém logo pela manhã. Ele ficou o tempo todo com duas armas apontadas para a cabeça. Os presos estavam armados com dois revólveres e uma pistola sendo que, no final, um revólver não foi entregue. Os detentos – entre provisórios e sentenciados - fizeram uma lista de reivindicações encabeçada pela transferência de 20 presos que vieram de Tangará da Serra. Eles exigiram também revisão das penas. Um detento ficou ferido à bala no pé e foi levado ao Pronto-Socorro de Várzea Grande.
Segundo coronel Antônio Campos Filho, que gerenciou a rendição dos presos, a rebelião destruiu cerca de 30% da Cadeia Pública. Os detentos queimaram colchões, arrebentaram camas de concreto, derrubaram paredes e quebraram os bebedouros.
Segundo Campos Filho, a rebelião começou às 7h40, com uma tentativa de fuga em massa. Ele relatou que cerca de 100 presos das alas 1 e 2 tentaram fugir, mas foram impedidos por policiais militares. Os detentos atiraram para o alto e fizeram o agente prisional refém.
“Na verdade, os presos tentaram fugir, mas como não conseguiram, fizeram a rebelião, que se tornou uma espécie de plano B. Eles não sabiam o que negociar porque não tinham nada preparado”, explicou. Rebelados, os presos tentaram destruir o portão principal da entrada. As pancadas fortes assustaram os policiais.
Na seqüência, os presos começaram a queimar colchões, colocados em forma de barricada. A fumaça preta era vista de longe, assustando os familiares que esperavam por respostas do lado de fora. “Meu irmão está lá, não sei se está ferido”, disse uma garota, irmã de um rapaz preso por furto. Ela chegou na frente do presídio assim que soube do motim.
Minutos após iniciar a rebelião, os presos ameaçaram atirar no refém caso as autoridades não iniciassem a negociação. “Eles querem revisão das penas porque alegam que vários detentos já ficaram mais tempo na prisão do que deviam”, disse no início da manhã major Marcos Roberto, do setor de comunicação da PM.
No final da manhã, os detentos exigiram a presença do juiz da Vara das Execuções Penais de Várzea Grande Abel Balbino Guimarães, da representante da OAB na Comissão dos Direitos Humanos, advogada Betsy de Miranda, e do diretor da cadeia, Rômulo Nogueira de Arruda.
Mas os presos se desentenderam e as negociações foram suspensas, retornando por volta das 14 horas. Cerca de uma hora e meia depois, os detentos se entregaram na presença de Betsey de Miranda. A cena foi filmada pela imprensa, uma exigência dos presos.
Após a rebelião, os PMs fizeram uma revista para tentar localizar a terceira arma e outros objetos como telefones celulares e chuços. Coronel Campos Filho informou ainda que, diante da destruição da cadeia, alguns presos serão transferidos, mas somente a partir de hoje.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/370769/visualizar/
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