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Internacional
Quarta - 20 de Outubro de 2004 às 23:59

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Centenas de presos fundamentalistas marroquinos, julgados no contexto da luta contra o terrorismo, estão em greve de fome desde 4 de outubro, para pedir a revisão de suas sentenças, informaram fontes de seus familiares nesta quarta-feira. Segundo as fontes, centenas de detidos, acusados de fazer parte do grupo terrorista Autenticidade e Guerra Santa, estão em greve de fome na prisão de Casablanca para pedir um novo julgamento.

Os presos consideram que as sentenças foram inspiradas pelo ambiente criado após os atentados de 16 de maio 2003, que deixaram 45 mortos e mais de cem feridos em Casablanca.

Vários pregadores foram detidos durante estas investigações, acusados de ser os teóricos do Autenticidade e Guerra Santa.

Todos os detidos foram acusados de "constituição de um grupo criminoso, atentado contra a segurança interior do Estado, sabotagem, assassinato e danos que causaram ferimentos e invalidez permanente".

A polícia marroquina prende centenas de pessoas em meios fundamentalistas do país, relacionadas com os atentados suicidas perpetrados contra o hotel Farah, a Casa da Espanha, um restaurante italiano ao lado do Consulado da Bélgica, a Aliança Israelense e um antigo cemitério judeu.

Dezesseis réus foram condenados à pena de morte, entre eles três sobreviventes suicidas, e centenas de detidos foram condenados a penas que vão da prisão perpétua a cinco anos de detenção.

Várias organizações marroquinas de direitos humanos denunciaram a prática de detenções arbitrárias, a tortura e irregularidades na detenção e julgamento em dezenas de casos do grupo.




Fonte: EFE

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