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Internacional
Quarta - 20 de Outubro de 2004 às 19:43

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Os governos americanos reagiram positivamente ao lema da IV Cúpula das Américas, centrado na criação de empregos para superar a pobreza, disse nesta quarta-feira o vice-chanceler argentino, Jorge Taiana.

Taiana preside o Grupo de Revisão da Implementação de Cúpulas (Gric) que hoje encerrou na OEA uma reunião de dois dias para determinar a agenda do próximo encontro de chefes de Estado ou de governo das Américas, que será em 2005 na Argentina.

O vice-chanceler acrescentou em entrevista coletiva que na reunião também se debateu o "estímulo à participação da sociedade civil no processo de Cúpulas".

O argentino explicou que o lema proposto pela Argentina para a cúpula, "Criar trabalho para enfrentar a pobreza e fortalecer a governabilidade democrática", teve uma grande aceitação.

Taiana informou que o documento preliminar para a discussão - enviado aos países participantes da Cúpula das Américas - propõe uma série de ações nacionais que contribuam para conseguir a criação de mais e melhores empregos.

Entre essas ações estão a integração das políticas macroeconômicas, comerciais, produtivas, de infra-estrutura, migratórias, educativas e de previdência social para gerar emprego de qualidade, avaliando seu impacto ocupacional e suas conseqüências no mercado de trabalho.

Taiana assegurou que seu país viu que na região "há um interesse" no lema sugerido, porque com a realidade marcada pela democracia, mas também pela pobreza, a geração de trabalho decente e digno é a forma mais efetiva de conseguir a inclusão social, melhorar o desenvolvimento e consolidar a democracia.

O vice-chanceler argentino afirmou que a próxima cúpula "certamente será em Mar del Plata durante um dia ou um dia e meio, e em uma data que ainda não foi escolhida".

Atualmente, o Gric realiza intensas atividades para concretizar a agenda final, que se submeterá à análise dos governos antes da cúpula, uma tarefa em que além da Organização dos Estados Americanos (OEA) estão envolvidos outros organismos regionais.

Taiana disse que desde terça-feira a Organização Internacional do Trabalho (OIT) se uniu a esta atividade.

"Estamos recebendo todos as contribuições para o processo de Cúpulas", comentou, depois de dizer que hoje, por exemplo, 47 organizações não-governamentais (ONG) estabeleceram suas iniciativas em temas de direitos humanos, do meio ambiente e econômicos.

Além disso, o Gric tem grandes expectativas sobre a reunião de ministros de Trabalho do continente no México em outubro de 2005, e da qual sairão propostas concretas para a Quarta Cúpula sobre a melhora trabalhista na luta contra a pobreza.

Também haverá contribuições de uma reunião de ministros de Saúde da região que acontecerá na Argentina em meados do próximo ano, e de outra de funcionários de alto escalão sobre o desenvolvimento sustentável, na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra, em setembro de 2005.

O vice-ministro argentino declarou que estas e outras reuniões contribuirão para enriquecer a agenda da cúpula "para que suas resoluções não sejam só boas intenções".

"Obviamente na agenda constará a segurança continental, um tema que cresceu nas prioridades globais", destacou Taiana.

O vice-chanceler ressaltou que o compromisso dos países americanos com a consolidação da democracia, esforços na luta contra a fome, o analfabetismo e a doença, e os mandatos surgidos das três cúpulas anteriores, pressionam estas nações a encontrar soluções estruturais "para o drama da desigualdade e da pobreza".

A Argentina propôs que a IV Cúpula discuta métodos alternativos para acelerar o desenvolvimento das infra-estruturas, assim como o modo financiá-las.




Fonte: EFE

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