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Unicef diz que estupros em Darfur continuam na impunidade
As milícias armadas da região ocidental sudanesa de Darfur continuam estuprando mulheres e meninas, denunciou nesta quarta-feira Pamela Shifman, especialista do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Shifman, assessora sobre questões de violência e exploração sexual para a Unicef, declarou à EFE que os abusos sexuais nos campos de refugiados no norte da região continuam e que os responsáveis por eles estão impunes.
A assessora entrevistou dezenas de mulheres que lhe contaram que "não se sentem seguras" e que temem ser estupradas quando saem para buscar lenha para fazer fogo.
"A violação continua sendo um arma não só para aterrorizar às mulheres mas também para humilhar suas famílias. Nenhuma mulher ou menina está a salvo", assegurou Shifman.
Ela acrescentou que, quando se trata de sair dos campos de refugiados, as famílias encontram-se com o dilema de enviar os homens, com a possibilidade de que os matem, ou as mulheres, com a probabilidade de que elas sejam violadas.
Para deter este ciclo, ressaltou a assessora da Unicef, é necessário que o governo do Sudão e as forças da União Africana (UA) que estão na região adotem "ações com um sentido comum".
Além de oferecer uma maior proteção nos arredores dos campos de refugiados, uma das medidas é acabar com a impunidade, levando o mais rápido possível à Justiça os autores destas violações e de outras condutas delitivas, acrescentou.
Além disso, propôs que o governo de Cartum ofereça os serviços necessários às mulheres e meninas que foram vítimas de estupros.
Shifman enfatizou que todas as mulheres que entrevistou foram violadas ou conhecem alguém que o foi, especialmente quando abandonam a área relativamente segura dos campos de refugiados.
Disse que estas mulheres identificam seus atacantes como soldados, mas principalmente como integrantes das milícias árabes "Janjaweed", acusadas de ser responsáveis pelas atrocidades cometidas em Darfur desde fevereiro de 2003.
Desde que o conflito na região começou, essas milícias pró-governamentais arrasaram aldeias de camponeses, queimado suas plantações e assassinado cerca de 50.000 pessoas.
Também provocaram o deslocamento de 1,4 milhão de sudaneses da região, dos quais cerca de 200.000 cruzaram a fronteira para se refugiar no Chade.
O governo do Sudão e o representante da ONU, Jan Pronk, têm previsto se reunir na quinta-feira em Cartum como parte do Mecanismo de Verificação Conjunto para avaliar os avanços realizados pelas autoridades sudanesas para proteger a população civil e desarmar as milícias "Janjaweed".
Shifman, assessora sobre questões de violência e exploração sexual para a Unicef, declarou à EFE que os abusos sexuais nos campos de refugiados no norte da região continuam e que os responsáveis por eles estão impunes.
A assessora entrevistou dezenas de mulheres que lhe contaram que "não se sentem seguras" e que temem ser estupradas quando saem para buscar lenha para fazer fogo.
"A violação continua sendo um arma não só para aterrorizar às mulheres mas também para humilhar suas famílias. Nenhuma mulher ou menina está a salvo", assegurou Shifman.
Ela acrescentou que, quando se trata de sair dos campos de refugiados, as famílias encontram-se com o dilema de enviar os homens, com a possibilidade de que os matem, ou as mulheres, com a probabilidade de que elas sejam violadas.
Para deter este ciclo, ressaltou a assessora da Unicef, é necessário que o governo do Sudão e as forças da União Africana (UA) que estão na região adotem "ações com um sentido comum".
Além de oferecer uma maior proteção nos arredores dos campos de refugiados, uma das medidas é acabar com a impunidade, levando o mais rápido possível à Justiça os autores destas violações e de outras condutas delitivas, acrescentou.
Além disso, propôs que o governo de Cartum ofereça os serviços necessários às mulheres e meninas que foram vítimas de estupros.
Shifman enfatizou que todas as mulheres que entrevistou foram violadas ou conhecem alguém que o foi, especialmente quando abandonam a área relativamente segura dos campos de refugiados.
Disse que estas mulheres identificam seus atacantes como soldados, mas principalmente como integrantes das milícias árabes "Janjaweed", acusadas de ser responsáveis pelas atrocidades cometidas em Darfur desde fevereiro de 2003.
Desde que o conflito na região começou, essas milícias pró-governamentais arrasaram aldeias de camponeses, queimado suas plantações e assassinado cerca de 50.000 pessoas.
Também provocaram o deslocamento de 1,4 milhão de sudaneses da região, dos quais cerca de 200.000 cruzaram a fronteira para se refugiar no Chade.
O governo do Sudão e o representante da ONU, Jan Pronk, têm previsto se reunir na quinta-feira em Cartum como parte do Mecanismo de Verificação Conjunto para avaliar os avanços realizados pelas autoridades sudanesas para proteger a população civil e desarmar as milícias "Janjaweed".
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/370863/visualizar/
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