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CVM julga processo envolvendo ex-administradores do grupo Círio-Bombril
Os mercados financeiro e de câmbio estão na expectativa de uma decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM ) que pode ser divulgada hoje, no Rio, sobre o processo envolvendo 11 ex-administradores do grupo Círio-Bombril, que resultou na maior multa individual já aplicada pela CVM - o presidente do grupo, Sérgio Cragnoti, foi multado em R$ 62,5 milhões.
Os ex-administradores são acusados de provocar prejuízos aos acionistas minoritários e divulgar para o mercado informações inconsistentes durante a compra da Bombril pelo grupo italiano Cragnotti, detentora da marca Círio. Além do presidente do grupo, eles também receberam multas que variam de R$ 50 mil a R$ 100 mil. Há um ano, os três principais acionistas minoritários da Bombril, a Previ, BNDESPar e a administradora de recursos Dínamo, esperam uma decisão da CVM sobre as denúncias de irregularidades contra Sérgio Cragnotti.
As negociações financeiras do empresário italiano teriam permitido um empréstimo, para si próprio, de mais de R$ 800 milhões da Bombril-Cirio, valor considerado superior ao patrimônio liquido da companhia. Os acionistas indagam sobre as operações misteriosas que Cragnotti realizou entre a Bombril e a Círio nos últimos três anos.
A movimentação financeira começou em julho de 1997, quando Sérgio Cragnotti decidiu que a Bombril deveria comprar a italiana Círio, de propriedade dele, numa negociação que envolveu US$ 380 milhões, para o pagamento à vista. Em dezembro de 1998, o empresário surpreendeu os acionistas ao repassar a Círio, pelo mesmo valor, para o seu próprio grupo, a Bombril Círio International. A transação foi realizada em quatro parcelas: duas, no valor total de US$ 158 milhões, já foram quitadas, e outras duas, que totalizam US$ 222 milhões, ainda estão pendentes.
Em dezembro de 2003, um outro braço do grupo de Cragnotti - a Círio SpA – entrou nas negociações ao comprar a Bombril por R$ 1,4 bilhão, acima dos R$ 520 milhões que a companhia brasileira vale, segundo analistas do mercado financeiro. Outras empresas da organização participaram das transações financeiras: a Cragnotti Partners Oversea tomou da Bombril R$ 215 milhões e a Cragnotti Partners Investments S/A. pegou emprestados R$ 107 milhões. A Círio SpA ficou com R$ 26 milhões da companhia brasileira.
Esse não é o único processo polêmico na pauta do Conselho de Recursos da CVM. Além do caso Brombil, vão ser julgados os recursos administrativos impetrados pela empresa Chocolates Garoto, multada pelo Banco Central em U$ 340 mil por realizar operações irregulares de exportação; e pelo Banco Bozano Simonsen, que foi multado em U$ 1 milhão por negociações irregulares em bolsa com ações da Embraer, sem a devida comunicação legal.
O Conselho de Recursos da CVM faz parte da estrutura do Ministério da Fazenda e é o responsável pelo julgamento de recursos administrativos contra decisões do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários interpostos pelas partes denunciadas.
Os ex-administradores são acusados de provocar prejuízos aos acionistas minoritários e divulgar para o mercado informações inconsistentes durante a compra da Bombril pelo grupo italiano Cragnotti, detentora da marca Círio. Além do presidente do grupo, eles também receberam multas que variam de R$ 50 mil a R$ 100 mil. Há um ano, os três principais acionistas minoritários da Bombril, a Previ, BNDESPar e a administradora de recursos Dínamo, esperam uma decisão da CVM sobre as denúncias de irregularidades contra Sérgio Cragnotti.
As negociações financeiras do empresário italiano teriam permitido um empréstimo, para si próprio, de mais de R$ 800 milhões da Bombril-Cirio, valor considerado superior ao patrimônio liquido da companhia. Os acionistas indagam sobre as operações misteriosas que Cragnotti realizou entre a Bombril e a Círio nos últimos três anos.
A movimentação financeira começou em julho de 1997, quando Sérgio Cragnotti decidiu que a Bombril deveria comprar a italiana Círio, de propriedade dele, numa negociação que envolveu US$ 380 milhões, para o pagamento à vista. Em dezembro de 1998, o empresário surpreendeu os acionistas ao repassar a Círio, pelo mesmo valor, para o seu próprio grupo, a Bombril Círio International. A transação foi realizada em quatro parcelas: duas, no valor total de US$ 158 milhões, já foram quitadas, e outras duas, que totalizam US$ 222 milhões, ainda estão pendentes.
Em dezembro de 2003, um outro braço do grupo de Cragnotti - a Círio SpA – entrou nas negociações ao comprar a Bombril por R$ 1,4 bilhão, acima dos R$ 520 milhões que a companhia brasileira vale, segundo analistas do mercado financeiro. Outras empresas da organização participaram das transações financeiras: a Cragnotti Partners Oversea tomou da Bombril R$ 215 milhões e a Cragnotti Partners Investments S/A. pegou emprestados R$ 107 milhões. A Círio SpA ficou com R$ 26 milhões da companhia brasileira.
Esse não é o único processo polêmico na pauta do Conselho de Recursos da CVM. Além do caso Brombil, vão ser julgados os recursos administrativos impetrados pela empresa Chocolates Garoto, multada pelo Banco Central em U$ 340 mil por realizar operações irregulares de exportação; e pelo Banco Bozano Simonsen, que foi multado em U$ 1 milhão por negociações irregulares em bolsa com ações da Embraer, sem a devida comunicação legal.
O Conselho de Recursos da CVM faz parte da estrutura do Ministério da Fazenda e é o responsável pelo julgamento de recursos administrativos contra decisões do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários interpostos pelas partes denunciadas.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371000/visualizar/
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