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Peru entregará provas de homicídios contra Fujimori
O Peru entregará ao Japão informes sobre restos humanos achados na sede dos serviços secretos, como parte da ocorrência de torturas, desaparições e execuções durante a década em que Alberto Fujimori esteve no poder, informou hoje o chanceler Manuel Rodríguez.
O governo peruano apresentou na sexta-feira passada um segundo pedido de extradição de Fujimori ao Japão. O primeiro, feito em julho de 2003, responsabilizava o ex-presidente (1990-2000) pela morte de 25 pessoas, inclusive uma criança.
O jornal La República informou no domingo que as autoridades judiciais encontraram em junho, ao investigar o caso de Fujimori, um pedaço de osso carbonizado de um dedo indicador dentro de um forno do Serviço de Inteligência do Exército. A vítima foi identificada por exames de DNA.
"Essas descobertas fortalecem a presunção da existência de graves responsabilidades de Fujimori a respeito do delito de lesa-humanidade. Houve no Peru um padrão sistemático e em massa de tortura", afirmou Rodríguez.
Fujimori sempre negou que tenha participado ou sido informado das execuções.
"A chancelaria vai solicitar os informes às autoridades judiciais e os levaremos ao conhecimento do Japão como um fator adicional com relação à valorização do expediente de extradição vinculado aos delitos de tortura, desaparição forçada e execução sumária", acrescentou ele à rádio CPN.
Fujimori deixou a Presidência e fugiu para Tóquio em 2000, em meio a um grande escândalo de corrupção protagonizado por seu braço-direito, o então chefe da espionagem Vladimiro Montesinos, hoje preso. O ex-presidente tem cidadania japonesa e por isso nunca foi extraditado.
De acordo com a Justiça, Montesinos criou um esquadrão da morte e ordenou torturas e mortes no Serviço de Inteligência do Exército, com o aval de Fujimori.
No primeiro pedido de extradição, o Peru acusou Fujimori como cúmplice na morte de 15 pessoas ¿ inclusive um menino de oito anos ¿ em 1991, durante uma festa em um bairro pobre de Lima, que foi atacada pelo esquadrão da morte.
Além disso, o ex-presidente é acusado de envolvimento na morte de nove estudantes e de um professor. O grupo foi sequestrado em uma universidade de Lima, torturado, crivado de balas e teve os corpos queimados em 1992. Os cadáveres só foram encontrados graças à delação de duas agentes da Inteligência.
Uma delas foi morta, e a outra disse ter sido torturada depois de revelar os crimes.
O governo peruano apresentou na sexta-feira passada um segundo pedido de extradição de Fujimori ao Japão. O primeiro, feito em julho de 2003, responsabilizava o ex-presidente (1990-2000) pela morte de 25 pessoas, inclusive uma criança.
O jornal La República informou no domingo que as autoridades judiciais encontraram em junho, ao investigar o caso de Fujimori, um pedaço de osso carbonizado de um dedo indicador dentro de um forno do Serviço de Inteligência do Exército. A vítima foi identificada por exames de DNA.
"Essas descobertas fortalecem a presunção da existência de graves responsabilidades de Fujimori a respeito do delito de lesa-humanidade. Houve no Peru um padrão sistemático e em massa de tortura", afirmou Rodríguez.
Fujimori sempre negou que tenha participado ou sido informado das execuções.
"A chancelaria vai solicitar os informes às autoridades judiciais e os levaremos ao conhecimento do Japão como um fator adicional com relação à valorização do expediente de extradição vinculado aos delitos de tortura, desaparição forçada e execução sumária", acrescentou ele à rádio CPN.
Fujimori deixou a Presidência e fugiu para Tóquio em 2000, em meio a um grande escândalo de corrupção protagonizado por seu braço-direito, o então chefe da espionagem Vladimiro Montesinos, hoje preso. O ex-presidente tem cidadania japonesa e por isso nunca foi extraditado.
De acordo com a Justiça, Montesinos criou um esquadrão da morte e ordenou torturas e mortes no Serviço de Inteligência do Exército, com o aval de Fujimori.
No primeiro pedido de extradição, o Peru acusou Fujimori como cúmplice na morte de 15 pessoas ¿ inclusive um menino de oito anos ¿ em 1991, durante uma festa em um bairro pobre de Lima, que foi atacada pelo esquadrão da morte.
Além disso, o ex-presidente é acusado de envolvimento na morte de nove estudantes e de um professor. O grupo foi sequestrado em uma universidade de Lima, torturado, crivado de balas e teve os corpos queimados em 1992. Os cadáveres só foram encontrados graças à delação de duas agentes da Inteligência.
Uma delas foi morta, e a outra disse ter sido torturada depois de revelar os crimes.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371128/visualizar/
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