Brasil poderá exportar pescado para a China, diz José Fritsch

O Brasil poderá exportar pescado para a China, incrementando o mercado nacional. A afirmação é do ministro José Fritsch, da Secretaria de Aqüicultura e Pesca. A projeção do ministro está fundamentada nos resultados da feira Expo-Brasil-China, realizada em três cidades chinesas entre os dias 27 de agosto e 9 de setembro.

O ministro lembrou que os chineses são os maiores produtores de pescado do mundo, com 34 milhões de toneladas por ano. Mas, para abastecer o mercado interno, com 1,3 bilhão de consumidores, os chineses procuram ampliar a produção. "Na China, não há mais água disponível para ampliar a produção de pescado. Técnicos chineses poderão repassar a tecnologia para que o Brasil produza em suas barragens e exporte para aquele país", revelou Fritsch.

A expectativa do ministro é de que o país exporte tilápia, pirarucu e principalmente camarão. A secretaria ainda não dispõe de um levantamento de quanto poderá ser exportado, pois as negociações ainda estão em andamento.

O presidente do Instituto de Cooperação Internacional, Wladmir Pomar, que organizou a feira Expo-Brasil-China, ressaltou que é preciso conhecer em profundidade os anseios comerciais da China, que atualmente vem despontado como um grande mercado. Com a feira, as autoridades chinesas puderam conhecer produtos brasileiros apresentados por uma comissão de 100 empresários.

As negociações entre os dois países estão em fase adiantada. Um memorando de entendimento deve ser assinado no início de novembro, quando o presidente da China visitar o Brasil. Já estão programadas viagens de técnicos brasileiros àquele país, e uma missão chinesa virá ao Brasil no próximo ano para conhecer o potencial de produção de pescado em águas brasileiras.