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Saúde
Terça - 19 de Outubro de 2004 às 16:09

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Até essa data a previsão é de que a meta de 80 por cento de cobertura seja ultrapassada.

A campanha de vacinação anti-rábica desenvolvida pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses) e Secretarias Municipais de Saúde (Sms) deverá acabar ultrapassando a meta de 80 por cento de cobertura vacinal. A previsão foi feita pela superintendente de Saúde Coletiva da Secretaria, Moema Couto Silva Blatt, que anunciou o final da campanha para o dia 27 de novembro.

A superintendente informou que alguns municípios da região Norte ainda não conseguiram avançar muito. "A situação na área rural é mais dificultada", avaliou. "Entramos com a campanha em plena época eleitoral, quando a maioria dos prédios é reservada para as eleições, além das próprias peculiaridades do campo".

Moema Blatt explicou que os cães, que são o alvo principal da campanha, desempenham um papel diferente dos animais da cidade. "No campo eles são trabalhadores, saem com os donos para caçar o alimento diário e para ajudar a controlar o rebanho bovino", declarou. Isso faz com que haja uma ação mais trabalhosa para a vacinação, diferente do que ocorre nas áreas urbanas em que os donos levam os animais aos postos sem muita dificuldade.

Os cães são os animais mais visados para a vacinação porque são os principais transmissores da raiva. Gatos e outras espécies animais (morcegos, por exemplo) também provocam a doença, mas em menor escala, no Brasil.

O Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Cuiabá, parceira da Ses na campanha, tem 77 postos fixos espalhados pelos bairros dos vários distritos, funcionando sempre aos sábados, para facilitar a vacinação na capital. Serão 15 postos no distrito Leste de Cuiabá, abertos no sábado do dia 23 de outubro, 25 postos no distrito Oeste, abertos no sábado de 6 de novembro, e 18 postos nos bairros do distrito Norte, abertos no sábado de 13 de novembro. A partir do dia 8 de novembro a campanha será desenvolvida na zona rural de Cuiabá. Cerca de 300 servidores municipais foram destacados para a campanha.

No município de Várzea Grande os postos fixos funcionam todas as sextas-feiras do mês. Na próxima sexta-feira (22.10), ficarão abertos os postos dos bairros São Simão, Quinze de Maio, Vitória Régia, Ouro Branco, Santa Clara, Ipanema e Jardim das Oliveiras. Na sexta-feira do dia 29 de outubro será a vez dos postos dos bairros da Manga, Alameda, Construmat, Dom Bosco, Centro Sul, Água Limpa e Santa Maria. Os bairros da zona rural e da zona ribeirinha estão sendo atendidos na semana de 18 a 22 de outubro.

Nos demais municípios do interior a campanha segue a mesma rotina, deixando a vacina à disposição nos postos ou fazendo visitas de casa em casa, e as visitas às comunidades rurais.

A raiva (ou hidrofobia) é uma doença infecciosa aguda e mortal, causada por um vírus que se alastra pelo sistema nervoso central e que se multiplica nas glândulas de saliva, dali sendo eliminado. O contágio se dá pela saliva do animal infectado, pela mordida, pela arranhadura ou lambedura.

Os animais que podem ser contaminados pela raiva (e que podem transmitir ) são: cachorros, gatos, morcegos, raposa, coiote, gato-do-mato, jaritacaca, guaxinim, macaco, dentre outros mamíferos. A transmissão pode acontecer por mordida ou arranhão do animal contaminado. Se a pessoa tiver um arranhão, um ferimento ou uma ferida aberta e o local for lambido pelo animal infectado poderá contrair a doença.

Após a mordida ou arranhão do animal contaminado começa a aparecer febre, dor de cabeça, dor de garganta, falta de apetite, enjôos, irritação, ansiedade e mudanças de comportamento. O local próximo da mordida, ou do aranhão, pode ficar sensível ou anestesiado. Delírios, contrações musculares e convulsões surgem na progressão da doença, mas ele se mantém consciente até a instalação do estado de coma e a morte. O processo dura de cinco a sete dias. Tanto no homem quanto no animal a raiva conduz à morte, uma vez que apareçam os sintomas.

Por isso o único tratamento disponível é a prevenção. Se mordido por qualquer animal que transmita a hidrofobia a pessoa deve procurar uma unidade de Saúde rapidamente e deixar o animal separado, em observação. Em nenhuma hipótese ele deve ser morto.




Fonte: Ses-MT

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