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Replantio e falta de adubo são problemas desta safra
Além do replantio, as lavouras sofrem com a redução de adubo, um risco duplo a produtividade.
Em Nova Mutum (269 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá), os primeiros problemas da safra 04/05 já estão sendo registrados pelos sojicultores. Alguns hectares (ha) cultivados com variedades mais precoces da soja, precisam ser replantados pela falta de umidade solo, conseqüência da escassez de chuvas na região. Outro agravante é que com falta de recursos, produtores reduziram a aplicação de adubo no solo. Ambos os problemas já comprometem de antemão, a produtividade da lavoura.
"Justamente a produtividade, algo que será o único diferencial da produção nesta safra. Com preços internacionais na média histórica, câmbio em baixa e aumento dos estoques mundiais, somente fazendo render a lavoura é que as contas podem ser equilibradas para o produtor", lamenta o produtor e ex-secretário de Agricultura, Agmar Lima.
Com cerca de 20% a 30% de ha plantados, de uma área total estimada de 390 mil/ha, alguns necessitam ser replantados. "Uma tarefa onerosa e que trará poucos resultados para a produção", alerta Lima.
Segundo ele, replantar neste momento, exigiria variedades mais precoces, para o fechamento do ciclo, juntamente com as variedades que vingaram. "Seriam necessários cerca de US$ 135 para replantar cada ha. Ou seja, mais recursos, além dos cerca de US$ 450 que foram aplicados anteriormente", aponta.
Lima acrescenta ainda, que por mais que se invista no replantio, "esta produção não vai render mais do que 40 sacas/ha. Historicamente, a produtividade na região é de 53 a 54 sacas/ha.
"A produtividade da região está comprometida, pois existem soja sob um solo sem umidade adequada, existem aquelas que estão morrendo com a falta de chuva e há atraso nos trabalhos de semeadura, o que faz com as plantas tenham stands diferentes, ou seja, uma lavoura sem uniformidade", elenca Lima.
O produtor destaca que nesta situação, durante a colheita o produtor terá em campo, se fizer o replantio, uma soja ardida, passada do tempo ideal e uma verde. Isso misturado trará prejuízos ao produtor na hora de classificar o grão para venda.
Para comprometer ainda mais os trabalhos no campo, esses fatores, segundo Lima, já impactam nas estimativas da safrinha de milho e algodão de Nova Mutum. "A projeção de uma safrinha de algodão de 21 mil/ha deverá se concretizar em 13 mil/ha, isso, porque o maior produtor local já avisou que dos 12 mil/ha que seriam cobertos com algodão, somente 4 mil/ha serão e por isso acredito em uma redução total no algodão de Mutum em 50%", prevê.
Em Nova Mutum, o plantio do algodão tem início entre 10 a 15 de janeiro e pode ser feito até o final do mês.
AGRAVANTE - Com o orçamento no limite pela alta de até 40% do custo de produção da soja 04/05, Lima aponta que a alternativa para os produtores tem sido reduzir, em até 20%, o volume de adubo aplicado por cada ha plantado. "Uma medida suicida, pois com uma quantidade menor de adubo o desenvolvimento da planta também fica comprometido", anuncia. Além disso, Limas destaca que os efeitos da baixa adubação se estendem à próxima safra. "A redução ou um erro de cálculo, por exemplo, empobrece o solo e isso poderá ser sentido por até dois anos. Ou seja, na próxima safra o produtor será obrigado a corrigir isso e ainda contabilizar prejuízos na rentabilidade do grão.
Em Nova Mutum (269 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá), os primeiros problemas da safra 04/05 já estão sendo registrados pelos sojicultores. Alguns hectares (ha) cultivados com variedades mais precoces da soja, precisam ser replantados pela falta de umidade solo, conseqüência da escassez de chuvas na região. Outro agravante é que com falta de recursos, produtores reduziram a aplicação de adubo no solo. Ambos os problemas já comprometem de antemão, a produtividade da lavoura.
"Justamente a produtividade, algo que será o único diferencial da produção nesta safra. Com preços internacionais na média histórica, câmbio em baixa e aumento dos estoques mundiais, somente fazendo render a lavoura é que as contas podem ser equilibradas para o produtor", lamenta o produtor e ex-secretário de Agricultura, Agmar Lima.
Com cerca de 20% a 30% de ha plantados, de uma área total estimada de 390 mil/ha, alguns necessitam ser replantados. "Uma tarefa onerosa e que trará poucos resultados para a produção", alerta Lima.
Segundo ele, replantar neste momento, exigiria variedades mais precoces, para o fechamento do ciclo, juntamente com as variedades que vingaram. "Seriam necessários cerca de US$ 135 para replantar cada ha. Ou seja, mais recursos, além dos cerca de US$ 450 que foram aplicados anteriormente", aponta.
Lima acrescenta ainda, que por mais que se invista no replantio, "esta produção não vai render mais do que 40 sacas/ha. Historicamente, a produtividade na região é de 53 a 54 sacas/ha.
"A produtividade da região está comprometida, pois existem soja sob um solo sem umidade adequada, existem aquelas que estão morrendo com a falta de chuva e há atraso nos trabalhos de semeadura, o que faz com as plantas tenham stands diferentes, ou seja, uma lavoura sem uniformidade", elenca Lima.
O produtor destaca que nesta situação, durante a colheita o produtor terá em campo, se fizer o replantio, uma soja ardida, passada do tempo ideal e uma verde. Isso misturado trará prejuízos ao produtor na hora de classificar o grão para venda.
Para comprometer ainda mais os trabalhos no campo, esses fatores, segundo Lima, já impactam nas estimativas da safrinha de milho e algodão de Nova Mutum. "A projeção de uma safrinha de algodão de 21 mil/ha deverá se concretizar em 13 mil/ha, isso, porque o maior produtor local já avisou que dos 12 mil/ha que seriam cobertos com algodão, somente 4 mil/ha serão e por isso acredito em uma redução total no algodão de Mutum em 50%", prevê.
Em Nova Mutum, o plantio do algodão tem início entre 10 a 15 de janeiro e pode ser feito até o final do mês.
AGRAVANTE - Com o orçamento no limite pela alta de até 40% do custo de produção da soja 04/05, Lima aponta que a alternativa para os produtores tem sido reduzir, em até 20%, o volume de adubo aplicado por cada ha plantado. "Uma medida suicida, pois com uma quantidade menor de adubo o desenvolvimento da planta também fica comprometido", anuncia. Além disso, Limas destaca que os efeitos da baixa adubação se estendem à próxima safra. "A redução ou um erro de cálculo, por exemplo, empobrece o solo e isso poderá ser sentido por até dois anos. Ou seja, na próxima safra o produtor será obrigado a corrigir isso e ainda contabilizar prejuízos na rentabilidade do grão.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371286/visualizar/
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