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Saúde
Terça - 19 de Outubro de 2004 às 08:49

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A Pfizer contestou a informação divulgada nesta segunda pela agência de notícias EFE de que o remédio produzido pela empresa, o Celebrex, no Brasil comercializado como Celebra, pode causar riscos cardiovasculares nos pacientes. A empresa informou que fará a partir do ano que vem um grande estudo em vários países para avaliar os potenciais benefícios cardiovasculares do produto e que, em quatro anos de pesquisa, não tem qualquer notificação de que o medicamento aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

Aprovado para uso em 1998 pela Food and Drug Administration (FDA, sigla em inglês) e desde então prescrito em pacientes brasileiros, o Celebra é um antiinflamatório e analgésico utilizado em cerca de 27 milhões de pacientes com osteoartrite, artrite reumatóide e em mulheres com dismenorréia (cólica menstrual) em mais de 60 países.

Apesar de semelhanças na atuação ao Bextra, também da Pfizer, e ao Vioxx, da Merck Sharp Dohme, que são inibidores específicos da enzima COX-2 Celebra (celecoxibe), o Celebra tem diferentes moléculas e substâncias a esse dois medicamentos, informou João Fittipaldi, diretor-médico da Pfizer.

O objetivo da Pfizer com o estudo é observar a inflamação e os eventos cardiovasculares em pacientes com osteoartrite e com alto risco de doença do coração.

Pacientes que usam o Celebra

A Pfizer afirma que os pacientes que tomam o Celebra sob prescrição médica podem continuar com o uso do medicamento, que não há motivos para preocupação e que a troca do medicamento somente deve ser feita segundo orientação médica. É importante lembrar que qualquer alteração ou efeito colateral deve ser comunicado ao médico responsável.

Estudo com o medicamento

O estudo avaliará mais de 4 mil pacientes do mundo todo que tiveram recentemente um ataque cardíaco e que também têm histórico de osteoartrite, investigando os efeitos do Celebra na inflamação e nos eventos cardiovasculares. No Brasil, as pesquisas serão conduzidas em quatro ou cinco centros de Saúde com pacientes que atualmente não tomam o Celebra e de acordo com o perfil estabelecido da pesquisa.

Esse estudo, controlado por meio de placebo, será conduzido durante um período de no mínimo dois anos e irá incluir o monitoramento rigoroso de segurança cardiovascular por um comitê independente, garante a Pfizer.

O que são os inibidores da COX-2

Os inibidores específicos da COX-2 foram desenvolvidos para aliviar a dor e reduzir os efeitos adversos gastrointestinais associados aos antiinflamatórios mais antigos e às drogas não-esteróides vendidas sem a necessidade de receita médica. Os medicamentos com este princípio ativo são utilizados em pacientes com doenças reumáticas, como a osteoartrite e a artrite reumatóide




Fonte: Terra

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