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Terça - 19 de Outubro de 2004 às 07:55
Por: Beatriz Saturnino

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A maior cratera de Impacto da América do Sul está em Mato Grosso, onde estão localizados os municípios de Araguainha e Ponte Branca. Há pelo menos 20 anos estudiosos pensavam que essa cratera, de 40 quilômetros de diâmetro, teria sido formada por um vulcão, mas ele é resultado da queda de um asteróide há 300 milhões de ano. Uma exposição de fotos sobre o assunto está montada no Parque Estadual Mãe Bonifácia, para a “Semana Nacional da Ciência e Tecnologia”, instituída pelo governo federal em julho deste ano.

“Ela existe há muito tempo, mas a população desconhece. Uma das nossas intenções é criar em Araguainha um parque ecológico para a preservação do lugar”, disse o astrônomo Eduardo Baldaci, que está coordenando a exposição, onde também contará com a observação solar e lunar por telescópio.

Segundo o astrônomo, quem teria feito a descoberta de que a cratera foi causada por um meteoro foi o geólogo da Unicamp (Universidade de Campinas), Álvaro Crosta.

“Seria o equivalente a milhões de bombas atômicas iguais à de Hiroshima. É uma escala de energia que o ser humano dificilmente consegue imaginar”, descreveu Crosta ao astrônomo.

E explica ainda que a erosão mudou as formas originais do terreno e as evidências do choque ficaram nas rochas. Arenitos e cristais de quartzo encontrados no local apresentam deformações que, segundo especialistas, só são encontradas onde houve queda de meteoro. “Estrias sempre apontando para uma mesma direção, a do choque”, esclarece Crosta.

Mas a possibilidade de acontecer outra vez a queda de um grande meteoro na Terra e de ser testemunhada pelo homem é muito pequena”, avalia o geólogo da Unicamp.

A única coisa que ocorre é a queda de pequenos meteoros, sendo até mesmo freqüente, mas a maioria se desintegra no ar, sem alcançar a superfície. Elas são conhecidas com “estrelas cadentes”.

De acordo como astrônomo Eduardo, essas são informações que circulam apenas na comunidade científica.

Aproveitando a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, que em Mato Grosso será realizado como projeto “Ciência no Parque”, está sendo lançada pelo astrônomo a Sociedade para o Progresso da Astronomia, Cidadania e Educação (Space).

Esta sociedade visa divulgar os fenômenos dos astros, realizar palestras sobre o meio ambiente, levar a observação do céu em escolas públicas e particulares, além de outras atividades.

O telefone pra contato é o 9283-2501 ou pelo site www.spacebrasil.org.




Fonte: Folha do Estado

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