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Polícia Brasil
Sexta - 02 de Novembro de 2012 às 15:15

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Reprodução

O professor e lutador de MMA Maurício Rossi, preso preventivamente por ter espancado uma ex-namorada dentro da loja de conveniência de um posto de gasolina em Niterói, no início de outubro, acreditava que não seria detido pela agressão. A afirmação é do delegado responsável pelo caso, Gabriel Ferrando.

"Ele acreditava na impunidade", disse o delegado titular da 81ª DP (Itaipu), em entrevista à Rádio CBN nesta sexta-feira (2). "Quando ele é surpreendido com a prisão, narra para os policiais que o advogado disse que aquilo não daria em nada. Ele acreditava que aquilo ali iria ficar na lesão corporal e ele só seria indiciado", explica Ferrando. O delegado afirmou que vai indiciar Rossi por tentativa de homicídio, por considerar que por ser lutador profissional o agressor sabia que os golpes poderiam provocar a morte da jovem.

Rossi foi preso terça-feira (30), em Itaipu, na Região Oceânica da cidade. A agressão foi filmada por câmeras de segurança.

A vítima teve derrames nos olhos e sangue nos seios da face. Como mostraram imagens da câmera de segurança do posto de gasolina, o lutador já estava no local  quando a ex-namorada chegou. Ao vê-la sair do carro, dirigiu-se ao automóvel, dando chutes e socos, até que acertou o rosto da mulher, que correu para a loja de conveniência.

As imagens da câmera de dentro da loja mostraram ainda a mulher entrando, depois de ter sido machucada. Maurício entra poucos segundos depois e segue atrás dela. Uma terceira câmera mostra a mulher tentando se proteger. Ainda de acordo com as imagens, um homem chega e tenta fechar a porta, contudo, Maurício volta e ainda dá mais um chute na ex-namorada.

Segundo informações da vítima, o relacionamento já havia terminado há mais de um ano. Nesse período, o Maurício fazia ameaças. A mulher informou ainda que o lutador, no dia das agressões, havia ligado dizendo que se ela se encontrasse com o novo namorado, iria agredi-la. 

Ameaças
Segundo o delegado, a ex-namorada do rapaz foi à delegacia no dia 5 de outubro, acompanhada do pai. Na ocasião, segundo o delegado, ela contou que o lutador a ameaçava na internet, principalmente nas redes sociais. “Ela chegou em nossa delegacia completamente machucada, de forma desesperada, temendo pela vida”, diz o delegado, acrescentando que decidiu indiciar Maurício Rossi pelo crime de tentativa de homicídio, por considerar que ele como lutador profissional sabia que os golpes poderiam provocar o óbito da jovem.

“O Maurício deu uma série de golpes, com chutes na cabeça, e sabia da vulnerabilidade da vítima, da impossibilidade de ela oferecer resistência. Diante desse quadro, ele assumiu o risco de um evento mais gravoso, onde o óbito pudesse acontecer. Acredito que o crime foi premeditado, ele foi frio e calculista”, ressalta Ferrando.

Segundo informações da Polícia Civil, Rossi tem outras duas anotações criminais. "A primeira foi em 2001, quando foi preso em flagrante por tráfico de drogas. Na ocasião, Maurício foi absolvido e submetido a tratamento ambulatorial. Depois, em 2007, foi indiciado por tráfico de drogas, e também foi absolvido pela Justiça”, revelou o delegado sobre Maurício, que tem no currículo títulos internacionais como o JF Fight Evolution e o The Warriors, além de ser detentor do cinturão do Peru FC.






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