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Estudar à noite é o mais comum
É à noite que o mercado da educação superior na rede privada consegue grande parte do faturamento. Em Mato Grosso, 75,4% das vagas oferecidas pelas faculdades particulares são de cursos noturnos. Embora não existam dados, percebe-se que grande parte dessas pessoas tem um perfil conhecido: gente que concluiu o 2º grau há alguns anos e já trabalha. Com isso, não sobra tempo para voltar aos estudos e ser aprovado em um vestibular na rede pública, onde a concorrência é sempre maior.
Com a concorrência geralmente menor, não fica tão difícil passar na rede particular. A desistência dos candidatos aprovados, outro fato constante, acaba dando mais chances de ingresso aos que não haviam sido classificados. Matriculado, o aluno se depara com um dilema.
A universitária Rafaela Piccini Behling optou por uma faculdade particular depois de anos sem estudar. Quando concluiu o 2º grau, chegou a tentar cursar Jornalismo na UFMT mas não passou. Como trabalha das 8 às 18 horas, resolveu tentar novamente e pagar os próprios estudos: R$ 540 por mês, quase o total do que salário que recebe.
“Se não tivesse o curso à noite, estaria sem estudar até hoje”, conta. Mas o ritmo de trabalho faz com que ela se dedique à faculdade menos do que gostaria. “Não dá para fazer trabalhos legais. Você tem que tirar sua hora de almoço para estudar”, conta.
Agora, o governo federal está correndo atrás do prejuízo. Na rede pública de Mato Grosso, a oferta de vagas noturnas corresponde a 46,6% do total. Há um projeto para criar 60 mil vagas noturnas nas federais e 180 mil nas estaduais. “O processo de democratização tem um problema sério: ele é perverso. O aluno tem que trabalhar para estudar”, constata o diretor de estatística e avaliação do Mec, Dilvo Ristoff.
Com a concorrência geralmente menor, não fica tão difícil passar na rede particular. A desistência dos candidatos aprovados, outro fato constante, acaba dando mais chances de ingresso aos que não haviam sido classificados. Matriculado, o aluno se depara com um dilema.
A universitária Rafaela Piccini Behling optou por uma faculdade particular depois de anos sem estudar. Quando concluiu o 2º grau, chegou a tentar cursar Jornalismo na UFMT mas não passou. Como trabalha das 8 às 18 horas, resolveu tentar novamente e pagar os próprios estudos: R$ 540 por mês, quase o total do que salário que recebe.
“Se não tivesse o curso à noite, estaria sem estudar até hoje”, conta. Mas o ritmo de trabalho faz com que ela se dedique à faculdade menos do que gostaria. “Não dá para fazer trabalhos legais. Você tem que tirar sua hora de almoço para estudar”, conta.
Agora, o governo federal está correndo atrás do prejuízo. Na rede pública de Mato Grosso, a oferta de vagas noturnas corresponde a 46,6% do total. Há um projeto para criar 60 mil vagas noturnas nas federais e 180 mil nas estaduais. “O processo de democratização tem um problema sério: ele é perverso. O aluno tem que trabalhar para estudar”, constata o diretor de estatística e avaliação do Mec, Dilvo Ristoff.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371517/visualizar/
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