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14,3 mil vagas estão sobrando
Sobram vagas nas instituições de ensino superior em Mato Grosso. Mas a maioria está disponível apenas a quem tem como pagar. No ano passado, a rede privada conseguiu preencher apenas metade das vagas, deixando 14.349 cadeiras vazias nas salas de aula.
Os dados mostram que o problema aumentou: em 2002, o percentual era de 40,2%. Já na rede pública do Estado – formada pela UFMT, Unemat, dois Cefets e a Universidade Municipal de Nova Mutum - a ociosidade cai para 3%. Os números fazem parte do Censo da Educação Superior de 2003, divulgado esta semana pelo Ministério da Educação.
Para o diretor de estatística e avaliação do Ministério da Educação, Dilvo Ristoff, a grande quantidade de vagas ociosas está ligada a alguns fatores. O primeiro diz respeito ao excesso de oferta de vagas em certas regiões geográficas e em certas áreas do conhecimento.
Outro ponto é a condição financeira das pessoas. Segundo ele, muitas não conseguem continuar os cursos por não poder pagar as mensalidades. Por fim, ele destacou a preocupação com a qualidade do ensino. “Quando as pessoas percebem que determinado curso não vale o que cobra, então elas não gastam”, disse.
Os indicadores refletem o investimento maciço que tem sido feito no mercado da educação privada. A quantidade de cursos oferecidos nas faculdades particulares do Estado aumentou 36,4% em relação a 2002. As vagas cresceram 18%. O número de professores passou de 1738 (em 2002) para 2034 (em 2003). O nível de qualificação dos docentes acompanhou a tendência, registrando aumento de 22% no número de doutores e de 25% de mestres.
Nas instituições públicas, os resultados mostram que a tendência é outra: crescem as vagas, mas a abertura de novos cursos não é tão freqüente. Confrontados os censos de 2002 e 2003, nota-se 2227 novas vagas, um aumento de 48,3%. Cursos novos, foram quatro. Mas os números pouco representam dentro do avanço esmagador das privadas, que abocanham 70% das matrículas em todo o país.
Aos poucos, o Ministério da Educação tenta reverter o quadro. A meta do MEC para 2010 é aumentar para 40% a participação da rede pública nas matrículas.
O ritmo de qualificação na rede pública anda a passos lentos. O número de doutores passou de 255 para 282, aumentando apenas 10,5%. O número de mestres passou de 497 para 523, evolução de 5%. Mas o representante do MEC relativiza o impacto dos dados. “No plano nacional, o setor público tem 65% dos mestres e doutores e 86% dos cursos de mestrado e doutorado. As privadas, só 14% desses cursos”, citou.
Para o reitor da UFMT, Paulo Speller, o fato de não haver curso de formação de doutores em Mato Grosso é algo que dificulta o acesso à qualificação. Mas ele comemora os números da UFMT: lá, 65% dos professores têm mestrado ou doutorado. A quantidade de doutores está quase atingindo os 30%. E ainda há 130 professores fazendo cursos fora do Estado.
Os dados mostram que o problema aumentou: em 2002, o percentual era de 40,2%. Já na rede pública do Estado – formada pela UFMT, Unemat, dois Cefets e a Universidade Municipal de Nova Mutum - a ociosidade cai para 3%. Os números fazem parte do Censo da Educação Superior de 2003, divulgado esta semana pelo Ministério da Educação.
Para o diretor de estatística e avaliação do Ministério da Educação, Dilvo Ristoff, a grande quantidade de vagas ociosas está ligada a alguns fatores. O primeiro diz respeito ao excesso de oferta de vagas em certas regiões geográficas e em certas áreas do conhecimento.
Outro ponto é a condição financeira das pessoas. Segundo ele, muitas não conseguem continuar os cursos por não poder pagar as mensalidades. Por fim, ele destacou a preocupação com a qualidade do ensino. “Quando as pessoas percebem que determinado curso não vale o que cobra, então elas não gastam”, disse.
Os indicadores refletem o investimento maciço que tem sido feito no mercado da educação privada. A quantidade de cursos oferecidos nas faculdades particulares do Estado aumentou 36,4% em relação a 2002. As vagas cresceram 18%. O número de professores passou de 1738 (em 2002) para 2034 (em 2003). O nível de qualificação dos docentes acompanhou a tendência, registrando aumento de 22% no número de doutores e de 25% de mestres.
Nas instituições públicas, os resultados mostram que a tendência é outra: crescem as vagas, mas a abertura de novos cursos não é tão freqüente. Confrontados os censos de 2002 e 2003, nota-se 2227 novas vagas, um aumento de 48,3%. Cursos novos, foram quatro. Mas os números pouco representam dentro do avanço esmagador das privadas, que abocanham 70% das matrículas em todo o país.
Aos poucos, o Ministério da Educação tenta reverter o quadro. A meta do MEC para 2010 é aumentar para 40% a participação da rede pública nas matrículas.
O ritmo de qualificação na rede pública anda a passos lentos. O número de doutores passou de 255 para 282, aumentando apenas 10,5%. O número de mestres passou de 497 para 523, evolução de 5%. Mas o representante do MEC relativiza o impacto dos dados. “No plano nacional, o setor público tem 65% dos mestres e doutores e 86% dos cursos de mestrado e doutorado. As privadas, só 14% desses cursos”, citou.
Para o reitor da UFMT, Paulo Speller, o fato de não haver curso de formação de doutores em Mato Grosso é algo que dificulta o acesso à qualificação. Mas ele comemora os números da UFMT: lá, 65% dos professores têm mestrado ou doutorado. A quantidade de doutores está quase atingindo os 30%. E ainda há 130 professores fazendo cursos fora do Estado.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371521/visualizar/
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