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Nacional
Domingo - 17 de Outubro de 2004 às 14:15

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A "guerra dos feriados" travada entre a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado pode ter sido uma batalha em torno do nada, publica a Folha de S.Paulo de hoje. Mesmo com o segundo turno no meio de um feriado prolongado, 96% dos paulistanos disseram ao Datafolha que planejam ficar na cidade para votar.

No final da semana retrasada, relembra a Folha, a prefeitura e o governo estadual anteciparam ou adiaram, cada um de acordo com suas conveniências eleitorais, o ponto facultativo do Dia do Funcionário Público (28 de outubro), a quinta-feira que antecede a eleição. O segundo turno da eleição é no domingo do dia 31 de outubro e em 2 de novembro, a terça-feira, é feriado do Dia de Finados.

Como José Serra (PSDB) tem mais folga entre o eleitorado de classe média e Marta Suplicy (PT) ganha força nas classes de mais baixa renda, existe a percepção de que a eleição no meio do feriado prejudica o tucano, uma vez que seus eleitores tenderiam a viajar, tirando seus votos.

Para manipular a agenda eleitoral, a prefeitura mudou o feriado do Dia do Funcionário Público de 28 para 29 de outubro. Também haverá ponto facultativo na segunda-feira, dia 1º. Assim, criou um feriadão de cinco dias, de sexta a terça-feira, para seus 130 mil servidores, com a eleição no meio.

Já o governo estadual antecipou em 17 dias a folga, criando um feriadão de 8 a 12 de outubro. Foram atingidos pela medida 700 mil servidores da ativa, ao menos 200 mil deles lotados na capital. Em compensação, trabalharão nos dias 28 e 29, além de 1º de novembro.

Assim, com o feriado mais longo duas semanas antes, há mais possibilidade de ficarem na cidade na eleição. A intenção, assumida declaradamente pelo governo do Estado, foi a de evitar o "efeito Guarujá" e garantir a presença dos eleitores em São Paulo no dia 31 de outubro.




Fonte: Terra

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