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Cristãos querem deixar Iraque após atentados
As explosões que destruíram cinco igrejas em Bagdá hoje fizeram com que alguns cristãos começassem a pensar em deixar o país natal.
"Se não nos querem no Iraque, é só dizer e nós partiremos", disse Samir Hermiz, de 40 anos, em pé diante de uma igreja reduzida a escombros.
As detonações, que começaram às 4 horas (horário local), não fizeram vítimas, mas abalaram ainda mais os cristãos, já traumatizados pelos atentados que mataram onze pessoas em Bagdá e Mosul em agosto.
Não há pistas sobre a identidade dos agressores ou sobre os motivos para os ataques a cinco igrejas.
Os cristãos no Iraque tinham pouco poder durante o regime de Saddam Hussein, porém não se sentiam ameaçados pela violência sectária.
Agora, sentem-se desprotegidos em um país em que o governo provisório luta para conter o caos sangrento de atentados suicidas, tiroteios e sequestros.
O exército norte-americano tem acusado o militante jordaniano Abu Musab al-Zarqawi de comandar ataques sectários para fomentar a guerra civil no Iraque.
Os 650 mil cristãos do Iraque, cerca de 3 por cento da população do país, sempre mantiveram uma postura discreta, na esperança de ficar de fora das tensões entre sunitas, xiitas e curdos.
"Eles não têm fé"
Agora, os cristãos, que são na maioria caldeus, assírios e católicos, aguardam com receio a explosão da próxima bomba.
"São infiéis...infiéis. Eles não têm fé", disse Kamil Shabo, um trabalhador de 40 anos, referindo-se aos terroristas e acrescentando que deixará o Iraque para sempre caso tenha a oportunidade.
Após a independência, em 1932, o exército iraquiano massacrou cristãos assírios em vilarejos perto de Mosul, devido à suposta colaboração deles com o poder colonial britânico.
Alguns cristãos, como o ex-vice primeiro ministro Tareq Aziz, um caldeu, ganharam proeminência durante o regime de Saddam.
Depois dos últimos ataques, os cristãos temem não ser mais bem-vindos na terra que acreditam ter sido habitada por seus ancestrais durante cerca de 2 mil anos.
As detonações, que começaram às 4 horas (horário local), não fizeram vítimas, mas abalaram ainda mais os cristãos, já traumatizados pelos atentados que mataram onze pessoas em Bagdá e Mosul em agosto.
Não há pistas sobre a identidade dos agressores ou sobre os motivos para os ataques a cinco igrejas.
Os cristãos no Iraque tinham pouco poder durante o regime de Saddam Hussein, porém não se sentiam ameaçados pela violência sectária.
Agora, sentem-se desprotegidos em um país em que o governo provisório luta para conter o caos sangrento de atentados suicidas, tiroteios e sequestros.
O exército norte-americano tem acusado o militante jordaniano Abu Musab al-Zarqawi de comandar ataques sectários para fomentar a guerra civil no Iraque.
Os 650 mil cristãos do Iraque, cerca de 3 por cento da população do país, sempre mantiveram uma postura discreta, na esperança de ficar de fora das tensões entre sunitas, xiitas e curdos.
"Eles não têm fé"
Agora, os cristãos, que são na maioria caldeus, assírios e católicos, aguardam com receio a explosão da próxima bomba.
"São infiéis...infiéis. Eles não têm fé", disse Kamil Shabo, um trabalhador de 40 anos, referindo-se aos terroristas e acrescentando que deixará o Iraque para sempre caso tenha a oportunidade.
Após a independência, em 1932, o exército iraquiano massacrou cristãos assírios em vilarejos perto de Mosul, devido à suposta colaboração deles com o poder colonial britânico.
Alguns cristãos, como o ex-vice primeiro ministro Tareq Aziz, um caldeu, ganharam proeminência durante o regime de Saddam.
Depois dos últimos ataques, os cristãos temem não ser mais bem-vindos na terra que acreditam ter sido habitada por seus ancestrais durante cerca de 2 mil anos.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371579/visualizar/
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