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Procon alerta para compras com cartão de crédito
Prático, rápido para pagar, o cartão de crédito é uma tentação. Só que o consumidor tem que ficar bem atento na hora de assinar o contrato de adesão com a administradora. Assinar sem ler é meio caminho andado para surpresas nem sempre agradáveis, alerta o Procon-MT.
Por insistência do banco, Sebastião Correia de Souza fechou um contrato de adesão para um cartão de crédito que nunca chegou em casa. "Não cheguei nem a receber o cartão, só a fatura", conta. Fatura de 398 reais em outubro. Dois meses depois o valor subiu para 457. Compras que ele nunca fez. Foi o início da novela para cancelar o cartão, que ainda não teve um final feliz. O caso está na Justiça.
Durante cinco anos as administradoras de cartões de crédito estiveram no topo da lista de reclamações do Procon, superintendência da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec). Em 2003 o serviço de telefonia ficou em primeiro lugar, mas, ainda assim, 266 pessoas procuraram ajuda para resolver problemas com cartão de crédito. Por isso, antes de cair na tentação de pagar as compras a prazo é preciso observar algumas recomendações.
- Se receber o cartão sem que ele tenha sido requerido, quebre-o imediatamente e avise o banco ou administradora.
- Nunca feche o contrato por telefone e observe todas as cláusulas do chamado contrato de adesão, que dá as regras do jogo. "O contrato de adesão do cartão de crédito tem todos os regulamentos que são trocados entre consumidor e operadora. Agora, esse contrato não pode contrariar nenhuma lei", explica o chefe de atendimento do Procon-MT, Maurel Castro de Amorin.
Adersa Melo não assinou qualquer cláusula, ainda assim recebeu um cartão de credito do banco. "Não pedi, não desbloqueei nenhum cartão, não pedi a ninguém que mandasse", recorda.
Ela seguiu as regras: quebrou o cartão e avisou a administradora. Como continuou recebendo as faturas, teve que procurar o Procon, onde o caso foi resolvido.
O Procon ainda alerta o consumidor para não se iludir com o limite de crédito. Você pode acabar gastando mais do que tem para pagar.
E cuidado com os juros. "O contrato muitas vezes não é claro para o consumidor, pois em alguns casos existe uma cobrança de juros extremamente elevada sobre os consumidores", avalia a superintendente do Procon, Vanessa Rosin.
Viviane Souza, outra reclamante, pagou juros de quase 15% durante um ano e meio para financiar a conta do cartão. A estudante tentou negociar com a administradora a dívida, que praticamente dobrou de valor. "Eu procurei o cartão quando a minha dívida chegou em R$ 577. Me alegaram que eu não poderia negociar, porque eu tinha que atrasar o cartão durante 45 dias para fazer essa negociação. Atrasando, minha dívida foi para R$ 820. Eles negociaram a R4 967", relata.
"Qualquer cláusula, mesmo que o consumidor tenha assinado, pode ser revista, se ela estiver contrária ao código de defesa do consumidor ou a qualquer outra lei", finaliza a superintendente.
Por insistência do banco, Sebastião Correia de Souza fechou um contrato de adesão para um cartão de crédito que nunca chegou em casa. "Não cheguei nem a receber o cartão, só a fatura", conta. Fatura de 398 reais em outubro. Dois meses depois o valor subiu para 457. Compras que ele nunca fez. Foi o início da novela para cancelar o cartão, que ainda não teve um final feliz. O caso está na Justiça.
Durante cinco anos as administradoras de cartões de crédito estiveram no topo da lista de reclamações do Procon, superintendência da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec). Em 2003 o serviço de telefonia ficou em primeiro lugar, mas, ainda assim, 266 pessoas procuraram ajuda para resolver problemas com cartão de crédito. Por isso, antes de cair na tentação de pagar as compras a prazo é preciso observar algumas recomendações.
- Se receber o cartão sem que ele tenha sido requerido, quebre-o imediatamente e avise o banco ou administradora.
- Nunca feche o contrato por telefone e observe todas as cláusulas do chamado contrato de adesão, que dá as regras do jogo. "O contrato de adesão do cartão de crédito tem todos os regulamentos que são trocados entre consumidor e operadora. Agora, esse contrato não pode contrariar nenhuma lei", explica o chefe de atendimento do Procon-MT, Maurel Castro de Amorin.
Adersa Melo não assinou qualquer cláusula, ainda assim recebeu um cartão de credito do banco. "Não pedi, não desbloqueei nenhum cartão, não pedi a ninguém que mandasse", recorda.
Ela seguiu as regras: quebrou o cartão e avisou a administradora. Como continuou recebendo as faturas, teve que procurar o Procon, onde o caso foi resolvido.
O Procon ainda alerta o consumidor para não se iludir com o limite de crédito. Você pode acabar gastando mais do que tem para pagar.
E cuidado com os juros. "O contrato muitas vezes não é claro para o consumidor, pois em alguns casos existe uma cobrança de juros extremamente elevada sobre os consumidores", avalia a superintendente do Procon, Vanessa Rosin.
Viviane Souza, outra reclamante, pagou juros de quase 15% durante um ano e meio para financiar a conta do cartão. A estudante tentou negociar com a administradora a dívida, que praticamente dobrou de valor. "Eu procurei o cartão quando a minha dívida chegou em R$ 577. Me alegaram que eu não poderia negociar, porque eu tinha que atrasar o cartão durante 45 dias para fazer essa negociação. Atrasando, minha dívida foi para R$ 820. Eles negociaram a R4 967", relata.
"Qualquer cláusula, mesmo que o consumidor tenha assinado, pode ser revista, se ela estiver contrária ao código de defesa do consumidor ou a qualquer outra lei", finaliza a superintendente.
Fonte:
Midia News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371604/visualizar/
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