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Nacional
Sábado - 16 de Outubro de 2004 às 06:34
Por: Tânia Monteiro

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Brasília - Nas comemorações do dia mundial da alimentação, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou a necessidade de todos os setores da sociedade se envolverem no combate à fome e criticou burocratas que se fecham em gabinetes e não ajudam nessa mobilização.

Depois de lembrar que o programa Fome Zero despertou "a maior campanha de solidariedade" já vista no País, o presidente classificou como "uma vergonha" os números divulgados ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU) de que existem hoje, no mundo, cerca de 842 milhões de famintos.

"É uma vergonha que morram 11 crianças, por minuto, de fome; é uma vergonha que a produção de alimentos per capita no mundo tenha crescido quase 30% e que 840 milhões de seres humanos não tenham o que comer", desabafou o presidente. "Se nós temos tecnologia, se temos produção agrícola, se temos a comida necessária, mais vergonhoso ainda, mais antiético e mais inadmissível é que tenha gente passando fome", afirmou Lula, prometendo ainda cumprir "o compromisso de, em dois anos, atingir a totalidade das pessoas que, segundo o IBGE, estão passando privações de alimentação".

Nesta sexta-feira, dez novos caminhões com cozinhas móveis do Sesi foram entregues para o programa Fome Zero trabalhar em dez estados. Reconhecendo que não está fazendo tudo o que seu governo quer - "e nem era possível que tivéssemos feito" - Lula lembrou que tem provocado o mundo a discutir a questão da fome "assunto com o qual, normalmente, quem come, não se preocupa".




Fonte: Agência Estado

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