Greve entra na segunda semana e funcionários do Ibama buscam apoio parlamentar

Os servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) continuam em greve. A paralisação já entrou na segunda semana e, no momento, os funcionários buscam apoio parlamentar para negociar com o instituto. “Nossa contraproposta está aquém das reivindicações feitas, mas de qualquer forma queremos negociar pelo menos essa versão da proposta”, explicou o presidente da Associação dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa. “Não queremos ficar em greve”, disse.

A greve paralisou todas as atividades de fiscalização, análise e emissão de licenças ambientais, prevenção e combate a queimadas. A greve prejudica também as madeireiras. A paralisação interrompeu a liberação de ATPFs, guias obrigatórias para o transporte de madeira. Com isso, muitas empresas estão com problemas para cumprir contratos com fornecedores.

Durante assembléia realizada na última quarta-feira (13) os grevistas convocaram representantes dos comandos de greve de outros estados para Brasília até a próxima segunda-feira (18), para organizar melhor os próximos passos da greve, revelou Corrêa.

Os grevistas querem receber a mesma gratificação paga aos servidores da Agência Nacional de Águas (ANA), além do enquadramento dos aposentados na carreira de especialista em Meio Ambiente. No caso da gratificação, eles apresentaram a contraproposta que é de antecipar em dois meses o calendário indicado pelo órgão. O Conselho propôs o pagamento de 35% da gratificação em janeiro de 2006. Os grevistas querem receber 15% em novembro deste ano, 30% em junho de 2005 e os 35% restantes até novembro de 2005.