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Defasagem de preços gera desequilíbrio nas contas da Petrobras
São Paulo - A alta dos preços do petróleo no mercado internacional, sem repasse para os preços internos por longos períodos, gera déficits de conta corrente para a Petrobras, pois 35% da produção brasileira de petróleo são do tipo pesado (exige processo especial de refino) e o parque de refino é projetado para óleos de densidade média. Em razão disso, a empresa exporta seu óleo, que tem barril cotado a preço médio US$ 6 menor, e importa óleos leves, do tipo Brent e WTI, mais caros, para misturá-los. O Brasil também importa gás liquefeito de petróleo, óleo diesel e nafta, porque consome mais do que é capaz de produzir. E exporta a gasolina excedente, que tem preço mais elevado e ajuda a compensar as contas.
A cotação dos preços do petróleo tem sido progressiva e ascendente nos últimos dez anos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, os preços médios do petróleo leve tipo Brent e Western Texas Intermediate (WTI) eram de US$ 17 e US$ 18,37, respectivamente, em 1993, e passaram para US$ 24,99 e US$ 25,99 em 2002, após um pico de até US$ 30 em 2000. Hoje, a cotação do Brent alcançou US$ 51,13 e a do WTI US$ 54,20.
Em artigo que analisa os diferentes aspectos da manutenção ou elevação dos preços, divulgado no site da empresa no final de 2002, a Ouvidoria Geral da Petrobras, ressalta que “no caso da Petrobras, 60% dos custos (financeiros, equipamentos etc) são dolarizados. Também se há de anotar que a consideração da competição internacionalizada, naturalmente, nem sempre formará o cenário acima retratado. Assim como, em um determinado momento, os preços definidos no mercado internacional podem estar elevados, em outro momento, poderão estar reduzidos. Mas, voltemos ao cenário de preços altos definidos no mercado internacional. Em um tal cenário, a fixação de preços, em desacordo com as elevações verificadas no mercado internacional, estaria reduzindo a margem de lucro da empresa estatal e assim, sob este aspecto, desatendendo aos interesses de todos os seus acionistas, não só os minoritários, individualmente identificáveis, mas também o controlador, representando todo o povo”.
A cotação dos preços do petróleo tem sido progressiva e ascendente nos últimos dez anos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, os preços médios do petróleo leve tipo Brent e Western Texas Intermediate (WTI) eram de US$ 17 e US$ 18,37, respectivamente, em 1993, e passaram para US$ 24,99 e US$ 25,99 em 2002, após um pico de até US$ 30 em 2000. Hoje, a cotação do Brent alcançou US$ 51,13 e a do WTI US$ 54,20.
Em artigo que analisa os diferentes aspectos da manutenção ou elevação dos preços, divulgado no site da empresa no final de 2002, a Ouvidoria Geral da Petrobras, ressalta que “no caso da Petrobras, 60% dos custos (financeiros, equipamentos etc) são dolarizados. Também se há de anotar que a consideração da competição internacionalizada, naturalmente, nem sempre formará o cenário acima retratado. Assim como, em um determinado momento, os preços definidos no mercado internacional podem estar elevados, em outro momento, poderão estar reduzidos. Mas, voltemos ao cenário de preços altos definidos no mercado internacional. Em um tal cenário, a fixação de preços, em desacordo com as elevações verificadas no mercado internacional, estaria reduzindo a margem de lucro da empresa estatal e assim, sob este aspecto, desatendendo aos interesses de todos os seus acionistas, não só os minoritários, individualmente identificáveis, mas também o controlador, representando todo o povo”.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371852/visualizar/
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