Servidores do Ibama decidem manter greve em Mato Grosso

Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Mato Grosso reafirmaram hoje a greve da categoria, que já dura 13 dias. Pela manhã, cerca de 200 servidores do órgão participaram da assembléia na sede do Sindicato dos Servidores do Ibama (Sindbama/MT), em Cuiabá.

Segundo a presidente do sindicato, Almira Lemes de Arruda, durante a assembléia os manifestantes decidiram continuar a paralisação, em protesto contra o não-cumprimento, por parte do Governo Federal, de um acordo firmado no ínicio deste ano com o sindicato nacional da categoria.

"Depois que entramos em greve, o governo apresentou uma proposta de negociação na última segunda-feira e nós fizemos uma contra-proposta ontem", explica Almira.

De acordo com ela, amanhã os servidores se reúnem, novamente pela manhã, para avaliar uma possível resposta do governo. "Esperamos que o Governo Federal manifeste-se, nesta quinta-feira, sobre a nossa contra-proposta", acredita.

A greve dos servidores do Ibama é nacional. Em Mato Grosso, 98% da categoria aderiu ao movimento. "Apenas os funcionários que ocupam cargos comissionados continuam trabalhando", diz Almira. Com isto, a emissão de Autorização para Transporte de Produto Florestal (ATPF) foi suspensa.

Estão paralisadas as gerências do órgão em Cuiabá, Sinop, Barra do Garças e Juína. Também aderiram à greve os servidores dos postos descentralizados do Ibama em Alta Floresta, Aripuanã, Brasnorte, Cáceres, Canarana, Guarantã do Norte, Juara, Poconé, Pontes e Lacerda, Rondonópolis e São José do Rio Claro.

Os servidores reividicam o enquadramento dos aposentados e pensionistas na carreira de especialista do IBAMA e a extensão da gratificação concedida aos funcionários da agência nacional de águas à todos os especialistas em meio ambiente. (AH)