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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 13 de Outubro de 2004 às 21:34

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O relatório da empresa de consultoria internacional A. T. Kearney, que aponta queda do Brasil no ranking de interesse dos investidores diretos da 9ª para a 17ª posição, “não impressionou” o embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Roberto Abdenur, conforme manifestou hoje na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro.

Abdenur disse ver esse tipo de pesquisa “com muito relativismo porque essas classificações são feitas com base em critérios às vezes reduzidos, subjetivos”. Explicou que mantém contatos quase diários com todas as entidades econômicas, como os grandes bancos e empresários individuais norte-americanos, alguns dos quais com investimentos significativos já efetuados no Brasil, e a maioria tem projetos para outros investimentos no país.

“Essa suposta classificação do Brasil em 17º lugar do mundo não corresponde à realidade. Há fluxos importantes de investimentos pré-dirigidos ao país”, disse.

Na avaliação do embaixador, o que importa são as condições do país. “De um lado, a confiança nos rumos da política econômica brasileira, política que está sendo levada adiante com muita firmeza e determinação e que está mostrando resultados extremanente positivos, como o crescimento agora que, possivelmente, irá além dos esperados 3,5% a 4%”.

Abdenur disse que esse crescimento em si é um elemento importante de atração e de viabilização de novos investimentos externos. "Temos uma combinação feliz de um governo comprometido com uma política econômica lúcida e os resultados dessa política econômica aparecendo. Além disso, o Brasil está envolvido em múltiplos processos de abertura da sua economia, como a rodada multilateral da Organização Mundial do Comércio, as negociações do Mercosul com outros países da América do Sul e com a União Européia e eventualmente amanhã a Alca. Tudo isso leva o Brasil a ser um mercado cada vez mais atraente e cada vez mais aberto para o comércio e também para investimentos. Não tenho dúvida de que no ano que vem e nos anos seguintes receberemos fluxos maiores de investimento, graças nossa atratividade própria”, estimou.

Apesar de garantir que a atual política econômica praticada pelo Brasil abrirá as portas aos investimentos diretos estrangeiros, o embaixador Abdenur, destacou que o país precisa, para que isso se efetive, continuar avançando na sua ampla agenda de reformas microeconômicas.

Ele inclui entre as reformas "indispensáveis" para tornar o país ainda mais atraente para os investidores brasileiros e estrangeiros a aprovação da Lei de Falências, do projeto de Parcerias Público-Privadas (PPPs), além de melhorias no sistema tributário, reforma do Judiciário e mudanças no sistema político eleitoral.




Fonte: Agência Brasil

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