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Internacional
Quarta - 13 de Outubro de 2004 às 20:02

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O presidente do Paraguai, Nicanor Duarte, anunciou nesta quarta-feira a destituição de seu ministro do Interior, Orlando Fiorotto, e do chefe da Polícia Nacional, Umberto Núñez, horas depois de o corpo de um menino de dez anos ter sido encontrado.

Duarte confirmou, em conversação telefônica com o Canal 9 da televisão de Assunção desde a Alemanha, onde se encontra de visita oficial, a substituição dos funcionários. O achado do corpo de Aníbal Amín Riquelme, filho de um empresário tabaqueiro que tinha sido seqüestrado há dois dias, causou grande comoção no país.

O presidente disse que Nelson Mora, atual procurador-geral, assumirá a pasta do Interior e que Carlos Zelaya, sub-comandante da Polícia, será o chefe dessa força.

"Os últimos fatos indicam que devemos atuar com maior solidariedade e integração dos esforços entre todos (...) e nessa direção decidi tomar estas decisões", afirmou Duarte.

"Nestas horas não posso mais do que expressar minhas condolências aos familiares das vítimas", acrescentou.

De acordo com os dados da polícia, o corpo do menino, encontrado em um terreno baldio de Luque, município vizinho a Assunção, apresentava alterações na pele do rosto como conseqüência "provavelmente da morfina", disseram fontes policiais.

Meios locais informaram que o menino apresentava golpes e cortes em diferentes partes de seu corpo. Ainda não foi emitido um boletim legista oficial.

O vice-ministro do Interior, Eustaquio Colman, indicou que os investigadores trabalham com a hipótese de vingança pela forma como a criança foi executada.

Por sua vez, o procurador-geral do Estado, Oscar Latorre, anunciou a implementação de uma operação militar e policial para "controlar os pontos sensíveis em diversos lugares do território da República e marcar a presença do Estado nas ruas e nas rotas nacionais".

Os Riquelme já foram vítimas de uma experiência desse tipo quando, em novembro de 2002, a irmã mais velha de Amin, Katia Maria, foi libertada no dia seguinte de seu seqüestro, após um pagamento de 50.000 dólares.

Porta-vozes e familiares dos Riquelme revelaram hoje que os seqüestradores entraram em contato com eles em três ocasiões e que a comunicação foi interrompida na terça-feira, quando exigiram uma prova de que o menor estava vivo em troca do 1 milhão de dólares que pediram.




Fonte: EFE

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