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Internacional
Quarta - 13 de Outubro de 2004 às 19:07

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A descoberta do corpo de um menino de 10 anos que havia sido seqüestrado há dois dias gerou comoção hoje, quarta-feira, no Paraguai, e provocou reação imediata de parlamentares que exigiram mudanças no ministério do Interior.

O corpo de Aníbal Amín Riquelme, filho de um empresário do setor de tabaco de Ciudad del Este, foi encontrado em um terreno baldio de Luque, município vizinho de Assunção, com o rosto desfigurado aparentemente por algum ácido, segundo a polícia.

Depois da divulgação da notícia, a Câmara dos Deputados pediu, com a adesão unânime de todos os grupos políticos, "a renúncia imediata do ministro do Interior, do chefe da polícia e do procurador-geral do Estado, assim como a depuração dos quadros superiores da Polícia Nacional".

Aníbal foi seqüestrado na tarde da segunda-feira na saída do colégio. O caso foi divulgado no dia seguinte, quando a família pediu à polícia, à Justiça e à imprensa que se afastassem do caso.

Os Riquelme já tinham sido vítimas de seqüestro, quando a irmã mais velha de Aníbal, Katia Maria, foi raptada e libertada no dia seguinte, após o pagamento de 50.000 dólares em resgate, em novembro de 2002.

Porta-vozes e parentes dos Riquelme revelaram hoje que os seqüestradores tinham feito contato três vezes. A comunicação foi interrompida ontem, quando a família exigiu prova de que o menor estava vivo em troca do resgate de 1 milhão de dólares.

O seqüestro do menino aconteceu três semanas depois de outro caso semelhante. Cecilia Cubas, de 31 anos, filha do ex-presidente Raúl Cubas, foi levada por um grupo armado a poucos metros da entrada de sua casa.

O caso de Cecilia é complexo e há dias não há novidades sobre o estado da negociação.

A mídia local anunciou a renúncia do ministro do Interior, Orlando Fiorotto, que está nos Estados Unidos.

O vice-presidente Luis Castiglioni, presidente em exercício na ausência de Nicanor Duarte, em viagem pela Europa, não confirmou a notícia, mas convocou uma reunião de urgência dos chefes dos organismos de segurança e o comandante das Forças Militares, general José Key Kanazawa.




Fonte: EFE

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