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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 13 de Outubro de 2004 às 18:41

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As discussões sobre a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) devem ser retomadas após as eleições norte-americanas. A informação foi dada pelo embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Roberto Abdenur, na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro. Ele adiantou, entretanto, que ainda não se pode afirmar que tenha sido descartado o cronograma estabelecido, que prevê o início de vigência do bloco em janeiro de 2005.

Abdenur disse que a negociação da Alca é complexa por sua própria natureza, a exemplo do que ocorre com discussões similares, por envolver uma variedade de assuntos e de opiniões. Ele lembrou que nos últimos meses houve uma pausa natural, porque as atenções se voltaram para as negociações multilaterais da Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, as eleições nos Estados Unidos funcionam também como um elemento inibidor, em termos do governo americano, de certos processos de negociação, explicou.

Para o embaixador, após a votação, o diálogo será retomado. “A bola está com os americanos. Vamos agora aguardar as eleições e o assunto será retomado oportunamente”.

Abdenur revelou que as campanhas dos dois candidatos à Presidência dos Estados Unidos não fazem menção específica à Alça. Sobre as negociações comerciais internacionais, ele disse que a campanha democrata tem dado muita ênfase a exigências maiores em termos de direitos trabalhistas e condicionamentos ambientais. De acordo com o embaixador, causa certa preocupação no Brasil se essas idéias vierem com excessos ou exigências que sejam inaceitáveis e que sirvam de pretexto para atitudes protecionistas.

O embaixador destacou a necessidade de se aguardar os acontecimentos, uma vez que há diferenças entre o que se diz, em termos genéricos, em uma campanha eleitoral, e o que se faz concretamente depois. Ele lembrou que o senador John Kerry tem um histórico de votos a favor das grandes negociações comerciais internacionais, como o Nafta e o México, a OMC e discussões com outros países. Por isso, recomendou que se aguarde com tranqüilidade para ver o que acontece.




Fonte: Agência Brasil

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