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Quarta - 13 de Outubro de 2004 às 17:42

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A morte de Christopher Reeve reacendeu os desejos de Hollywood de resgatar uma de suas franquias mais populares, o Super-Homem, que, depois de quase duas décadas no limbo, parece maldita.

"É muito difícil encontrar um Super-Homem", disse à EFE o diretor Brett Ratner, ainda afligido pela morte de Reeve, o único capaz de dar vida ao "Homem de Aço" nas telas de cinema.

Desde que Reeve tirou a capa vermelha e as malhas azuis em 1987, com "Superman IV", a franquia ficou adormecida, embora não tenham faltado tentativas para lhe devolver a vida.

Um esforço renovado desde que os estúdios Warner compraram em 1993 os direitos das aventuras de Super-Homem e de seu alter-ego, Clark Kent.

Ratner foi um dos diretores que têm tentado retomar o filme, assim como Tim Burton e Wolfgang Petersen, entre os mais famosos nessa longa lista.

Tão ou mais longa é a lista dos candidatos à capa vermelha, que inclui nomes como os de Nicolas Cage, Brendon Fraser, Jude Law e Matt Damon, entre os mais famosos, ou Josh Harnett e Ashton Kutcher entre os mais jovens.

A lista também considera novos rostos como os atores de televisão Jason Behr ou Matt Bomer, mais de acordo com o total desconhecido que Christopher Reeve era até ser lançado ao estrelato com o primeiro "Superman". Um dos nomes nesta grande lista de rumores o ator Jim Caviezel, que passaria de filho de Deus na Terra em "A paixão de Cristo" a super-herói que salva a humanidade no novo filme.

Até o momento, cada uma destas tentativas de recuperar o brilho perdido do Super-Homem fracassou por diferentes razões.

Segundo Kevin Smith, roteirista de uma das primeiras tentativas junto a Tim Burton, seu projeto fracassou por divergências com o diretor, porque "em vez da capa, teria preferido vestir o Super-Homem de preto e colocar ganchos em suas mãos".

Um comentário irônico que faz referência à estética de Burton e esconde outra realidade muito mais tangível, o dinheiro.

Até o momento, a imprensa disse que os estúdios Warner investiram mais de 40 milhões de dólares para retomar esta franquia com um filme que queriam que tivesse estreado em 2004.

Uma despesa levada pelo desejo de explorar o personagem que em 1978, na estréia do primeiro "Superman" nos cinemas, arrecadou 134,2 milhões de dólares nos Estados Unidos.

Além disso, o momento não pode ser mais propício, com o sucesso no cinema de outros heróis de papel como "Homem-Aranha", "X-Men" e "Mulher-Gato".

No entanto, o nome do Super-Homem ainda segue denegrido por uma maldição que a morte de Reeve ressaltou ainda mais.

A maldição pertence ao capítulo de lendas de Hollywood e começou nos anos 50, quando George Reeves, protagonista da série de televisão "As aventuras de Super-Homem", se suicidou.

Além disso, Kirk Alyn, protagonista dos curtas-metragens "Superman" da década de 40, foi vítima do Alzheimer e agora Reeve morreu depois de ter ficado confinado a uma cadeira de rodas quase dez anos, devido a um acidente de cavalo em 1995.

"A verdadeira razão pela qual não puderam reviver o Super-Homem até o momento é que nenhum ator em sã consciência vai se comprometer a assinar um contrato por três filmes, como pede o estúdio", diz Ratner, muito mais realista, mas que na atualidade está desvinculado do projeto.

Agora é a vez do diretor Bryan Singer, que em julho se comprometeu a levar este filme em uma eventual estréia em 2006.

"Acho que o retorno de 'Superman' se atrasou muito e já é hora de voltar a voar", confirmou o diretor em comunicado em que aproveitou para lembrar que o Super-Homem de Reeve sempre foi sua fonte de inspiração no cinema.




Fonte: EFE

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