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Internacional
Quarta - 13 de Outubro de 2004 às 10:19

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Os Estados Unidos pediram na quarta-feira à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que apresente planos a fim de assumir o comando das operações militares no Afeganistão, possivelmente a partir do próximo ano. Alguns membros da aliança militar assustaram-se com o apelo.

Em declarações feitas antes de uma cúpula de ministros de Defesa dos países-membro da aliança, o embaixador norte-americano junto à entidade pediu que a Otan elabore até fevereiro um plano para assumir as operações no Afeganistão, atualmente compartilhadas entre uma força de 20 mil homens liderada pelos EUA e uma liderada pela Otan com 10 mil homens.

Em virtude do violento levante que ainda castiga o empobrecido país islâmico, alguns integrantes da Otan temem que a medida signifique mudar o mandato da missão de uma missão de paz para uma de combate, medida essa considerada impopular.

"Obviamente esperamos ver, em algum momento, uma integração do esforço da Otan com o da Operação Liberdade Duradoura", afirmou Nicholas Burns, acrescentando que a aliança militar assumiria o comando dos esforços combinados.

"Isso pode acontecer em 2005. Pode acontecer em 2006. Tudo depende de como as coisas vão se encaminhar", disse a repórteres antes das negociações de dois dias marcadas para acontecer na Romênia.

Em Cabul, o tenente-general David Barno, comandante da força liderada pelos EUA no país, disse a repórteres que isso não significaria a retirada dos militares norte-americanos.

Até agora, a fusão das forças era vista como uma meta distante e sempre deixou preocupados países que ajudam a Otan na missão de paz, mas que se recusam a participar de missões de combate. "Somos contrários a uma fusão dos dois mandatos", disse o ministro de Defesa da Alemanha, Peter Struck.

Outros países também mostraram resistência. A Operação Liberdade Duradoura, liderada pelos EUA, quer esmagar os remanescentes da Al-Qaeda e do Talebã e caçar fugitivos no país, incluindo Osama Bin Laden. Cerca de 15.000 soldados envolvidos na operação são norte-americanos e o restante reúne uma contribuição de 19 países.




Fonte: Reuters

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