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Economia
Quarta - 13 de Outubro de 2004 às 09:52
Por: Sérgio Ripardo

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O dólar voltou do feriado em alta de 0,35%, cotado a R$ 2,83, apesar de o barril de petróleo ser negociado em queda de 1,92% a US$ 51,50 em Nova York. O risco Brasil sobe apenas 0,45%, somando 438 pontos. Já o Ibovespa (índice paulista das 55 ações mais negociadas) começa o pregão em baixa de 0,39%, aos 23.858 pontos.

O Banco Central resgata hoje uma dívida cambial de US$ 1,4 bilhão. A remuneração dos credores será definida com base na média oficial do dólar (ptax) da segunda-feira, que fechou a R$ 2,8318, um alta de 0,24%, na contramão do preço no mercado interbancário (queda de 0,31% a R$ 2,82). Amanhã (14), haverá um novo vencimento, mas de montante bem menor (U$ 378 milhões). Será a ptax desta quarta-feira que será usada para corrigir esse débito.

O objetivo do BC de evitar a rolagem de títulos e contratos cambiais é reduzir a participação da dívida atrelada ao dólar no total de endividamento público. Essa estratégia agrada os credores e foi um dos pontos destacados pelas agências de classificação de risco ao melhorarem a nota ("rating") do Brasil em setembro.

Em agosto, só 13% dos títulos da dívida eram corrigidos pelo câmbio, abaixo do percentual (22%) registrado em dezembro passado. Neste ano, já foram resgatados US$ 27,3 bilhões. O pico da exposição cambial da dívida pública foi atingido em setembro de 2002 (40,67%), no período de especulação com a eleição presidencial.

O mercado aposta cada vez mais na tendência de queda do dólar devido à entrada crescente de recursos captados por empresas e bancos e pelo desempenho recorde do comércio exterior. Na última pesquisa do BC com instituições financeiras, divulgada na segunda-feira, a expectativa é fechar 2004 com o dólar a R$ 2,95. Na sondagem anterior, a projeção dos analistas era encerrar dezembro com cotação de R$ 3.

Os sinais de melhora da economia, como a expansão da indústria pelo sexto mês consecutivo em agosto, também ajudam a reduzir a percepção de insegurança do investidor estrangeiro, o que facilita a tomada de empréstimos lá fora. Amanhã (14), entram nas reservas internacionais do país US$ 1 bilhão que o governo captou no último dia 6 com a venda de bônus de 15 anos, o Global 2019. Com essa operação, o país antecipou o plano de captações para 2005, que totaliza US$ 6 bilhões.




Fonte: Folha Online

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