Repórter News - reporternews.com.br
Tecnologia
Quarta - 13 de Outubro de 2004 às 09:20

    Imprimir


O site Indymedia pediu informações sobre dois servidores apreendidos por autoridades dos EUA. O Indymedia foi acusado de terrorismo, seqüestro ou lavagem de dinheiro por ordem de um país não identificado. "Não sabemos onde estão os servidores, nem quem os tem", disse David Meieran, um integrante da rede.

O FBI (polícia federal americana) dos EUA apresentou na quinta-feira passada a ordem judicial que autorizava a apreensão do equipamento de informática Rackspace, a companhia com sede em San Antonio (Texas) que mantém os sites de Internet de Indymedia.

No entanto, os servidores se encontravam em seus escritórios em Londres.

Meieran disse que sua organização não sabe quem confiscou fisicamente os servidores, nem aonde os levaram e por que razão.

Rackspace indicou em comunicado que a ordem de apreensão foi emitida no marco do Tratado de Assistência Legal Mútua, o que permite a cooperação entre países em investigações de terrorismo internacional, seqüestros e lavagem de dinheiro.

A empresa acrescentou que não pode oferecer mais informação sobre o assunto por ordem judicial. A rede suspeita que a ordem de apreensão do equipamento de informática veio da Suíça ou Itália, e que as autoridades americanas atuaram a pedido seu. "Não é uma investigação do FBI", disse Paul Bresson, um porta-voz desta agência, que não quis dar detalhes sobre a operação. Indymedia afirmou que as autoridades suíças abriram uma investigação criminal sobre sua cobertura da Cúpula do G8 celebrada em Evian (França) em 2003.

Além disso, informou que a promotora italiana Marina Plazzi iniciou outra investigação sobre a empresa por suspeita de "apoiar o terrorismo". Meieran replicou que Indymedia não está envolvida em nenhuma atividade criminal. Ele acrescentou que a rede quer que se abra uma investigação sobre a legalidade da ordem de apreensão e pediu que lhe devolvam os discos duros.

Indymedia é uma rede de sites nacionais e regionais, onde voluntários colocam notícias sobre justiça social e o movimento contra a globalização, entre outros temas. O público pode enviar seus comentários e nenhum deles é censurado - segundo Meieran - embora "escondemos coisas que violam as políticas editoriais", como expressões sexuais, homofóbicas ou que incitam a violência.

Seis das 20 páginas que caíram da rede depois da apreensão foram restabelecidas, segundo Meieran, entre elas seus sites do Brasil, o o País Basco espanhol, Polônia e Reino Unido. Outros, como os do Uruguai, Itália e Nantes, perderam informação que se encontrava nos servidores.




Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/372257/visualizar/