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Quarta - 13 de Outubro de 2004 às 09:16
Por: Silvio Barsetti

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Maceió - É inevitável controlar a expectativa dos torcedores da capital de Alagoas. Eles esperam uma nova goleada da seleção brasileira, nesta quarta-feira à noite, contra a Colômbia, pelas Eliminatórias do Mundial de 2006. O jogo será disputado às 21h45 no Estádio Rei Pelé, diante de um público de 20.200 pessoas, e marcará o reencontro da seleção com Maceió depois de 11 anos. Em agosto de 1993, Brasil e México empataram por 1 a 1 na cidade.

A equipe dirigida por Carlos Alberto Parreira lidera o grupo sul-americano das Eliminatórias do Mundial de 2006 e vem de um resultado expressivo: no sábado, derrotou fora de casa a Venezuela por 5 a 2. “Vamos com calma. A vitória é o objetivo. O placar é secundário”, disse Parreira, que também treinava a seleção no amistoso de 1993.

Ele desconsiderou o fato de a Colômbia ser a última colocada nas eliminatórias, ressaltando que isso poderia ser até um aspecto desfavorável ao time do Brasil. O técnico disse que o clima de descontração na seleção é fruto dos resultados mais recentes e da participação da equipe em três finais seguidas de Copa do Mundo. “Nossos jogadores ganharam mais maturidade, respeito, confiança. No entanto, isso não basta.” Parreira salientou que “a lua de mel” da torcida com a seleção pode acabar no primeiro tropeço. Por isso, nada de contar com os três pontos antes da partida. Muito menos falar ostensivamente de golear a Colômbia.

Para o lateral Roberto Carlos, o favoritismo do Brasil é indiscutível e existe sim a possibilidade real de um placar dilatado. Ele abordou o assunto mais amiúde, sem estardalhaço e com uma explicação em tom de confidência. “Se a gente fica falando que vai ser fácil, que não tem para ninguém, acaba motivando o adversário, mexendo com os brios dos outros. É preciso usar a inteligência”, comentou o jogador do Real Madrid, um dos 35 indicados pela Fifa como melhor do mundo na atual temporada. Roberto chegou a fazer outra análise depois, mas não foi muito claro. “O time do Brasil é muito inteligente. Mas a inteligência às vezes atrapalha.”

O atacante Ronaldo foi comedido sobre o tema goleada. Disse que a torcida vai ao Rei Pelé com a convicção de que o Brasil ganhará fácil. Mas que esse sentimento não influenciará o rendimento da equipe. “Por jogar em casa, o público espera que a seleção tenha boa atuação e vença com o maior número possível de gols. Se não der para dar espetáculo, a torcida vai ter que entender que o principal é a vitória.” Ronaldinho Gaúcho também mediu as palavras, a fim de não destoar do restante do time. O atacante do Barcelona, o mais aplaudido durante o rápido treino desta terça-feira no Rei Pelé, conseguiu destacar uma qualidade na seleção da Colômbia. “É uma equipe aguerrida, que não se entrega nunca, mesmo em ampla desvantagem.”

Kaká - Parreira não anunciou quem escalaria na vaga de Kaká, suspenso por ter recebeu o segundo cartão amarelo nas eliminatórias contra a Venezuela. A disputa entre Alex e Adriano é acirrada. Num primeiro momento, o atacante da Inter de Milão saíra na frente, por ter entrado no segundo tempo do último jogo, substituindo Kaká.

Mas Parreira deixou Alex entre os titulares na maior parte do tempo do treino de segunda-feira, num forte indício de que deve optar pelo ex-meia do Cruzeiro, atualmente no Fenerbahce, da Turquia. “Posso escolher um ou outro. Uma coisa eu sei e é certa: o time não perde em qualidade seja qual for a definição.”

Com Adriano ao lado de Ronaldo na frente, o Brasil ganharia em agressividade, até porque Ronaldinho Gaúcho voltaria para buscar a bola e criar as jogadas mais perigosas de ataque. Na condição de substituto de Kaká, Alex faria o papel de quem alimenta com passes os atacantes, ou seja, os dois Ronaldos. Neste caso, Ronaldinho Gaúcho ficaria um pouco mais tolhido – não tem como revezar com Alex no meio, uma vez que o ex-cruzeirense não tem características de atacante, como Kaká.

Brasil - Dida; Cafu, Juan, Roque Júnior e Roberto Carlos; Magrão, Renato, Zé Roberto e Alex (Adriano); Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. Técnico – Carlos Alberto Parreira.

Colômbia - Calero; Palacio, Perea, Córdoba e Yepes; Bedoya, Grisales, Leal e Oscar Díaz; Giovanni Hernández (Oviedo) e Juan Pablo Angel. Técnico – Reinaldo Rueda.




Fonte: Agência Estado

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