Enquanto formam e trazem de volta memórias da vida, humanos e macacos podem passar por uma experiência de sincronização de atividades neurológicas entre várias áreas do cérebro. Mas que papel esse teste teria na função cognitiva? O pesquisador Rodrigo Salazar e colegas implantaram eletrodos nos córtices parietal e pré-frontal do cérebro de duas macacas em um laboratório e gravaram sua atividade neural durante um exercício de memória visual.
No estudo, publicado na revista Science, os pesquisadores americanos puderam identificar modelos específicos de sincronização entre ambas as regiões do cérebro que pareceram depender da função manual assim como a estimulação visual apresentada aos animais. Em busca de novos resultados, a equipe de Salazar sugeriu que memórias de curto prazo são representadas por protótipos grandes de atividade neurológica entre a ligação frontal-parietal do cérebro.
Durante a pesquisa, os cientistas gravaram simultaneamente as atividades neurológicas de diversas áreas em ambas as regiões do cérebro e perceberam que os neurônios nas regiões estudadas se tornam sincronizados durante atividades que exigem atenção. "Testamos a hipótese de que a sincronização neurológica através da conexão frontoparietal carregue conteúdo de informações específicas que contribuem diretamente à memória visual", dizem os pesquisadores no artigo.
Os resultados apresentados são consistentes em outros registros da relação entre sincronização e desempenho em exercícios de memórias e a presença da combinação frontoparietal durante pesquisas de memória. Mesmo que outros processos cognitivos, como atenção, antecipação e planejamento motor podem contribuir a esses efeitos, os resultados da pesquisa demonstram que memórias de curto prazo são representadas por estímulos específicos de modelos de atividades sincronizadas distribuídas em determinada conexão do cérebro.
Comentários