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Internacional
Terça - 12 de Outubro de 2004 às 17:06

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, prestou homenagem ao cacique Guaicaipuro nesta quarta-feira, em comemoração ao "Dia da Resistência Indígena", que há três anos substitui o feriado até então chamado "Dia da Raça". Junto com integrantes da chamada Comissão Indígena do Poder Legislativo e chefes e membros das etnias venezuelanas, Chávez fez reverência diante do túmulo simbólico de Guaicaipuro um dos caciques que liderou uma revolta contra a penetração espanhola na década de 1560.

Chávez também prestou homenagem a Simón Bolívar, o líder que há dois séculos liderou os exércitos que conquistaram a independência da Venezuela e de vários outros países do continente.

O decreto presidencial de 11 de outubro de 2002 ordena que todo 12 de outubro será lembrado na Venezuela como "o Dia da Resistência Indígena", "em reconhecimento à auto-afirmação americanista".

Além disso, "em reconhecimento à unidade e diversidade cultural e humana, reivindicando tanto aos povos indígenas da América, como as constribuições destes povos às culturas africanas, asiáticas e européias na formação de nossa nacionalidade, no espírito do diálogo de civilizações, a paz e a justiça".

A cerimônia teve a presença de representantes das comunidades ianomâmi, aruaque, baré, guajibo, pemon, entre outros, usando vestimentas típicas ancestrais e pinturas corporais.

O dia continuou com a cerimônia "Palavras ancestrais, som e sentido da terra", em que cada um dos chefes indígenas falou em sua própria língua diante de Chávez.

Isso, destacaram os organizadores, "em uma representação verbal dos mitos, as canções, os contos e o pensamento indígena respaldados por elementos audiovisuais, em um encontro entre as múltiplas culturas que habitam e formam o nosso país".

O escritório em Caracas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) disse que a convivência de quatro dias que patrocinou terminou hoje. No evento, 130 crianças de povos indígenas trocaram conhecimentos sobre suas principais riquezas artísticas e culturais.

As crianças realizaram oficinas de desenho e significados de tecidos e pinturas faciais, corporais e ornamentais de seus povos, além de expressões musicais e de danças.

"Nestas atividades, as crianças deram, receberam e trocaram habilidades dando o melhor das tradições e deles mesmos, em um ambiente de convivência e harmonia" que os motivou a "continuar preservando seus valores culturais", destacou a Unicef em comunicado.




Fonte: EFE

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