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Internacional
Terça - 12 de Outubro de 2004 às 15:49
Por: Piedad Viñas

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O presidente dos EUA, George Bush, e seu rival democrata, John Kerry, intensificam seus ataques, inclusive os pessoais, para romper o empate apontado pelas enquetes e chegar na frente em uma campanha mais emocionante em sua reta final.

Bush foi nesta terça-feira a Colorado Springs (Colorado) para participar de um ato eleitoral com militares e tentar recuperar posições em um estado tradicionalmente republicano, mas que, segundo as últimas sondagens, está bastante dividido dessa vez.

Kerry optou por fazer uma parada na campanha e se preparar para o terceiro e último debate presidencial, previsto para amanhã na Universidade de Tempe (Arizona).

Ali, os dois grandes candidatos à Casa Branca voltarão a se ver cara a cara para discutir os assuntos do país, como o emprego, os impostos, a economia e a saúde pública.

Fontes da campanha de Kerry pediram hoje que o Iraque também seja incluído na agenda do debate final argumentando que, embora seja um assunto de política externa, afeta muito diretamente a economia do país.

Como aperitivo do que pode ocorrer amanhã, Bush se lançou hoje contra seu rival assegurando que não poderá pagar os programas internos que tanto defende sem subir os impostos da classe média.

Apesar de tentar esconder, Kerry é um liberal convencido, segundo Bush, que também acusou o candidato democrata de propor mudanças na saúde que forçará milhões de pessoas a buscarem atendimento médico em "um programa do governo".

Um dos porta-vozes da campanha democrata, Phil Singer, respondeu o presidente afirmando que "nos últimos quatro anos vimos como o sistema de saúde se deteriorou neste país, os custos alcançaram níveis recorde e milhões de pessoas perderam sua cobertura (social)".

São acusações que se somam à troca de farpas, mais contundente que o habitual, entre ambos na segunda-feira passada sobre o preço do petróleo e a guerra contra o terrorismo.

Kerry acusou o presidente de beneficiar "seus amigos da indústria do petróleo" e Bush contra-atacou afirmando que para o candidato democrata a guerra contra o terrorismo é simplesmente "uma chateação".

Os dois parecem ter optado pelo "vale tudo" para seduzir os 7% dos eleitores que ainda estão indecisos e que, nesta ocasião mais do que nunca, são fundamentais para inclinar a balança.

Segundo a enquete publicada hoje pela empresa Zogby, a primeira depois do debate da sexta-feira passada, o empate é total, com um 45% de apoio para cada um dos dois candidatos.

A sondagem, realizada entre sábado e segunda-feira, revela que o presidente está mais bem cotado entre os eleitores casados, as famílias dos militares e os investidores, enquanto Kerry é o preferido dos solteiros, os filiados aos sindicatos e os mais moderados.

Entre os americanos que se registraram pela primeira vez para votar nas eleições de novembro, a maioria apóia o candidato democrata, 49%, contra 42% que optam por Bush. Dos que já votaram em algumas ocasiões anteriores, 48% apóiam Bush e 43% estão do lado de Kerry.

Outro dado a ser levado em conta é que Bush tem uma grande maioria (75%) entre os cidadãos que consideram que a guerra contra o terrorismo é a prioridade número um, enquanto Kerry é o mais apoiado entre os que opinam que a economia, a educação e o Iraque são os assuntos principais.

Esta enquete, que entrevistou pouco mais de 1.200 possíveis eleitores e que tem uma margem de erro de 2,9%, confirma o que já adiantavam todas as sondagens divulgadas nas últimas horas, que esta campanha é a mais acirrada dos últimos anos.




Fonte: EFE

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