Ladrões sempre agem igual mas não seriam de mesma quadrilha

A delegada Cleibe Aparecida de Paula, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), não acredita que os assaltos praticados a farmácias estejam sendo realizados por apenas uma dupla. "Não existe uma quadrilha atuando neste ramo. Eles são organizados, mas não se pode atribuir todos os assaltos a uma quadrilha especializada", opinou.

Os assaltos praticados ocorrem sempre da mesma forma. Dois homens chegam em motocicletas, sendo que um permanece ao volante. O bandido se finge de cliente e ataca o funcionário no caixa.

No mês de agosto, no dia 28, o Policial Militar Marcelo Roberto Pinto Pereira, 33, foi assassinado a tiros durante um assalto a uma farmácia no CPA II, em Cuiabá. O Policial, que trabalhava como segurança no local, foi rendido por dois rapazes armados e morto com um tiro na cabeça.

Além de acumularem prejuízos com assaltos nas farmácias os entregadores das grandes redes também são alvos em potencial. Se recusar a fazer entregas em determinadas regiões durante a noite é uma alternativa encontrada pelos moto-boys. Há 8 anos trabalhando em uma moto, H.S., 28, contou que foi atacado por três vezes. "Se eu tivesse condições fatalmente deixaria essa vida. Eu não trabalho mais à noite porque tenho medo", declarou.