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Bush e Kerry cantam vitória após debate acalorado
O presidente George W. Bush e o candidato democrata ao cargo, senador John Kerry, entraram em diversas discussões acaloradas e trocas de acusações no debate realizado nesta sexta-feira, em Saint Louis, Missouri.
Depois do evento, as duas campanhas diziam que seus candidatos saíram vitoriosos na discussão, e as primeiras pesquias de opinião feitas pelas redes de TV americanas, logo depois do debate, sugerem algo próximo de um empate.
Democratas e republicanos vão ficar agora de olho nas pesquias eleitorais que vão sair nos próximos dias e que devem medir o impacto deste enfrentamento na intenção de voto dos eleitores.
"É difícil dizer quem ganhou. Acho que John Kerry foi melhor em temas como política externa e economia, mas o presidente Bush pode ter saído em vantagem em temas sociais, como o aborto, que são muito importantes para uma grande parcela do eleitorado americano", disse o cientista político Scott Mainwairing, da Universidade Notre Dame, em Indiana.
Os partidários de Bush e de Kerry ouvidos pela reportagem da BBC Brasil em Saint Louis diziam que a vitória tinha sido de seus candidatos. Os indecisos, no entanto, reclamaram que a discussão ainda não foi suficiente para acabar com a dúvida.
Agressividade
O senador John Kerry cobrou o presidente Bush pelo crescente déficit na economia americana, pelos emprego perdidos e pela condução de uma política externa que estaria provocando "profundos ressentimentos" ao redor do mundo.
Já o presidente Bush buscou apresentar Kerry como um político de esquerda com a intenção de aumentar impostos e bateu diversas vezes na tecla da suposta inconsistência das opiniões de seu adversário, a crítica mais constante feita pelos republicanos contra o senador democrata.
"Eu entendo por que seus colegas de trabalho acham que o senador Kerry fica mudando diversas vezes de opinião sobre um mesmo assunto. É porque é verdade", disse o presidente Bush respondendo à pergunta de um dos 140 eleitores indecisos convidados a questionar os candidatos no debate. Kerry rebateu dizendo que a campanha de Bush é uma "arma de enganação em massa" e afirmou que o presidente "só quer assustar todo mundo".
Infantilidade
Alguns eleitores não gostaram do modo como os candidatos estavam se atacando mais do que, na opinião deles, apresentando idéias. "Acho que, em alguns momentos, a discussão ficou infantil. Foram muitas acusações pessoais", disse Kamya Mehta, uma eleitora do presidente Bush.
A indecisa Jennifer Rener espera que, no próximo debate, algumas posições fiquem mais claras, caso contrário ela não vai nem se preocupar em ir até as urnas no dia 2 de novembro.
"Não gosto do presidente Bush, mas Kerry ainda não me convenceu de que vai ser um bom presidente. Se eu não chegar a uma boa conclusão, não vou nem votar. Discordo dessas pessoas que votam só com a idéia de escolherem o menor dos males", disse.
Mas outros eleitores - na maioria, os que já têm posição tomada - gostaram da "agressividade" demonstrada por seus candidatos. "Acho que Bush foi muito bem neste debate. Ele mostrou para todo mundo como John Kerry só fica pulando de uma posição para outra e não deixa clara a opinião dele em nada", disse a republicana Barbra Tyref.
"Kerry foi muito melhor. Ele mostrou suas posições com força, e Bush mal conseguia articular uma frase", disse o democrata Henry Fikert.
Indecisos
Entre os indecisos, as opiniões sobre o desempenho dos candidatos variou, mas todos aqueles consultados pela reportagem disseram que o debate não foi suficiente para que eles tomassem uma decisão. "Sou de uma família democrata, mas cresci no Texas (um Estado considerado conservador, onde Bush foi governador). Sou um moderado e ainda não consegui chegar a uma conclusão. Gostei mais de Kerry neste debate, mas ainda tenho dúvidas se ele é um líder forte o suficiente para o momento pelo qual o país está passando", disse o estudante Joseph Vengala. Vengala espera que o último debate da campanha, marcado para a quarta-feira da semana que vem, em Tempe (Arizona), resolva suas dúvidas.
Matt Charlan também não sabe em quem votar e sentiu falta de informações novas no debate que pudessem ajudá-lo a tomar uma decisão. "Os dois ficaram se acusando o tempo inteiro, mas não trouxeram nada de novo. Eu concordo com o presidente Bush em vários aspectos de política externa, mas acho o senador Kerry melhor nas questões domésticas."
Depois do evento, as duas campanhas diziam que seus candidatos saíram vitoriosos na discussão, e as primeiras pesquias de opinião feitas pelas redes de TV americanas, logo depois do debate, sugerem algo próximo de um empate.
Democratas e republicanos vão ficar agora de olho nas pesquias eleitorais que vão sair nos próximos dias e que devem medir o impacto deste enfrentamento na intenção de voto dos eleitores.
"É difícil dizer quem ganhou. Acho que John Kerry foi melhor em temas como política externa e economia, mas o presidente Bush pode ter saído em vantagem em temas sociais, como o aborto, que são muito importantes para uma grande parcela do eleitorado americano", disse o cientista político Scott Mainwairing, da Universidade Notre Dame, em Indiana.
Os partidários de Bush e de Kerry ouvidos pela reportagem da BBC Brasil em Saint Louis diziam que a vitória tinha sido de seus candidatos. Os indecisos, no entanto, reclamaram que a discussão ainda não foi suficiente para acabar com a dúvida.
Agressividade
O senador John Kerry cobrou o presidente Bush pelo crescente déficit na economia americana, pelos emprego perdidos e pela condução de uma política externa que estaria provocando "profundos ressentimentos" ao redor do mundo.
Já o presidente Bush buscou apresentar Kerry como um político de esquerda com a intenção de aumentar impostos e bateu diversas vezes na tecla da suposta inconsistência das opiniões de seu adversário, a crítica mais constante feita pelos republicanos contra o senador democrata.
"Eu entendo por que seus colegas de trabalho acham que o senador Kerry fica mudando diversas vezes de opinião sobre um mesmo assunto. É porque é verdade", disse o presidente Bush respondendo à pergunta de um dos 140 eleitores indecisos convidados a questionar os candidatos no debate. Kerry rebateu dizendo que a campanha de Bush é uma "arma de enganação em massa" e afirmou que o presidente "só quer assustar todo mundo".
Infantilidade
Alguns eleitores não gostaram do modo como os candidatos estavam se atacando mais do que, na opinião deles, apresentando idéias. "Acho que, em alguns momentos, a discussão ficou infantil. Foram muitas acusações pessoais", disse Kamya Mehta, uma eleitora do presidente Bush.
A indecisa Jennifer Rener espera que, no próximo debate, algumas posições fiquem mais claras, caso contrário ela não vai nem se preocupar em ir até as urnas no dia 2 de novembro.
"Não gosto do presidente Bush, mas Kerry ainda não me convenceu de que vai ser um bom presidente. Se eu não chegar a uma boa conclusão, não vou nem votar. Discordo dessas pessoas que votam só com a idéia de escolherem o menor dos males", disse.
Mas outros eleitores - na maioria, os que já têm posição tomada - gostaram da "agressividade" demonstrada por seus candidatos. "Acho que Bush foi muito bem neste debate. Ele mostrou para todo mundo como John Kerry só fica pulando de uma posição para outra e não deixa clara a opinião dele em nada", disse a republicana Barbra Tyref.
"Kerry foi muito melhor. Ele mostrou suas posições com força, e Bush mal conseguia articular uma frase", disse o democrata Henry Fikert.
Indecisos
Entre os indecisos, as opiniões sobre o desempenho dos candidatos variou, mas todos aqueles consultados pela reportagem disseram que o debate não foi suficiente para que eles tomassem uma decisão. "Sou de uma família democrata, mas cresci no Texas (um Estado considerado conservador, onde Bush foi governador). Sou um moderado e ainda não consegui chegar a uma conclusão. Gostei mais de Kerry neste debate, mas ainda tenho dúvidas se ele é um líder forte o suficiente para o momento pelo qual o país está passando", disse o estudante Joseph Vengala. Vengala espera que o último debate da campanha, marcado para a quarta-feira da semana que vem, em Tempe (Arizona), resolva suas dúvidas.
Matt Charlan também não sabe em quem votar e sentiu falta de informações novas no debate que pudessem ajudá-lo a tomar uma decisão. "Os dois ficaram se acusando o tempo inteiro, mas não trouxeram nada de novo. Eu concordo com o presidente Bush em vários aspectos de política externa, mas acho o senador Kerry melhor nas questões domésticas."
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/372673/visualizar/
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