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Internacional
Sexta - 08 de Outubro de 2004 às 07:33

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Pelo menos 23 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas em uma série de explosões próximas a hotéis de luxo da Península do Sinai, no Egito.

A região é muito freqüentada por turistas israelenses.

Um representante do Exército de Israel disse ainda que pelo menos 38 israelenses estão desaparecidos.

A maior explosão ocorreu no hotel Hilton, na cidade de Taba, na fronteira entre o Egito e Israel.

Dez andares do hotel desabaram, e acredita-se que mais vítimas estejam soterradas.

Equipes de resgate de Israel continua a escavar os escombros em busca de sobreviventes e de corpos das vítimas.

Logo após o incidente no Hilton, ocorreram outras duas explosões em outras praias do Mar Vermelho na Península do Sinai.

Ao menos dois israelenses morreram num ataque a um camping na praia de Nuweiba, mais ao sul.

'Al-Qaeda'

Autoridades israelenses dizem que a explosão no hotel foi causada por um carro-bomba e que, minutos depois, um militante suicida detonou outra carga de explosivos.

Ainda não se sabe quem está por trás dos ataques. O grupo palestino Hamas negou o seu envolvimento.

Integrantes do governo israelense e especialistas disseram que a forma como o ataque foi organizado é semelhante à maneira como a rede Al-Qaeda costuma atacar.

"Na minha opinião isso parece mais uma obra de grupos terroristas internacionais como a Al-Qaeda ou algumas ramificações dela", disse em Taba o vice-ministro da Defesa de Israel, Zeev Boim

'Sangue'

As vítimas estavam sendo levadas para um hospital em Eilat (Israel), informaram rádios israelenses.

“Há várias pessoas no chão, muito sangue. É muito tenso”, descreveu a testemunha Yigal Vakni.

“Eu estava no cassino quando aconteceu. Houve uma grande explosão e a parede esquerda caiu. As pessoas começaram a correr como loucas.”

Saída dos turistas

Israel está implementando um plano de retirada dos turistas israelenses do Egito.

O Ministério do Turismo israelense disse que ônibus seriam enviados para ajudá-los a sair do país.

Há pelo menos 12 mil israelenses na Península do Sinai atualmente.

No mês passado, os cidadãos israelenses foram alertados para não visitarem a região do Mar Vermelho, onde poderiam ser alvos de possíveis ataques.

O incidente ocorre na última noite da semana do festival Sukkot, comemorado pelos judeus, quando milhares de israleneses viajam para a região.




Fonte: BBC Brasil

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