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Quinze brasileiros que venderam seus rins são absolvidos
Quinze brasileiros que admitiram ter vendido seus rins a uma organização internacional foram absolvidos nesta quinta-feira das acusações de tráfico de órgãos por uma juíza de Recife, informaram fontes judiciais.
Os vendedores dos rins foram incluídos como réus no processo contra 28 pessoas acusadas de integrar uma organização dedicada ao tráfico de órgãos, já que a polícia os considerou tão responsáveis como os que intermediaram as negociações.
Os demais acusados, entre eles dois israelenses acusados de comandar a quadrilha, estão presos em Recife e ainda não foram julgados.
Em Pernambuco, a organização entrava em contato com pessoas dispostas a vender seus órgãos e os enviava a Durban, na costa leste da África do Sul, onde eram submetidos a cirurgias de extração de um dos rins, segundo as investigações.
A polícia, que desmontou a organização em dezembro do ano passado, concluiu que pelo menos trinta brasileiros venderam seus órgãos e viajaram para Durban para a operação, que beneficiou pacientes de pelo menos dez países.
Segundo a polícia, cada órgão era vendido por cerca de 10.000 dólares aos pacientes receptores, que recebiam o transplante em operações simultâneas em hospitais de Durban.
Os "doadores" dos órgãos regressavam ao Brasil com a missão de recrutar novos interessados em vender seus rins.
O superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, Wilson Damázio, decidiu acusar formalmente os doadores por tráfico de órgãos, por considerá-los tão responsáveis quanto os intermediários e os receptores.
"Eles não podem ser considerados vítimas. Eles entregaram seus rins por vontade própria, receberam o dinheiro e participaram livremente do comércio de órgãos", alegou o encarregado pela investigação.
Sua opinião, no entanto, não foi compartilhada pela juíza federal Amanda Lucena, que, em seu veredicto de hoje, os considerou inocentes de todas as acusações.
A juíza levou em conta os graves problemas de saúde que sofreram vários dos doadores depois da extração de seus órgãos.
Entre as pessoas que foram detidas no ano passado por sua participação na organização do tráfico de órgãos está o capitão da polícia Iván Bonifacio da Silva, acusado de ter intermediado várias das negociações para a compra de rins.
O oficial chegou a alegar que, com sua ação, além de ter salvo as vidas de pessoas que necessitavam dos órgãos, ajudou brasileiros que precisavam de dinheiro para comer.
Também disse que ganhava perto de 2.000 dólares por cada pessoa que convencia a doar seu rim.
Entre os acusados também aparecem o oficial do exército de Israel aposentado Gegalya Tauber Gadu e outro cidadão do país, identificado como Eliezer Ramon.
Caso sejam considerados culpados, eles podem ser condenados a penas de até treze anos de prisão pelos delitos de associação com o crime e comércio de órgãos.
Os vendedores dos rins foram incluídos como réus no processo contra 28 pessoas acusadas de integrar uma organização dedicada ao tráfico de órgãos, já que a polícia os considerou tão responsáveis como os que intermediaram as negociações.
Os demais acusados, entre eles dois israelenses acusados de comandar a quadrilha, estão presos em Recife e ainda não foram julgados.
Em Pernambuco, a organização entrava em contato com pessoas dispostas a vender seus órgãos e os enviava a Durban, na costa leste da África do Sul, onde eram submetidos a cirurgias de extração de um dos rins, segundo as investigações.
A polícia, que desmontou a organização em dezembro do ano passado, concluiu que pelo menos trinta brasileiros venderam seus órgãos e viajaram para Durban para a operação, que beneficiou pacientes de pelo menos dez países.
Segundo a polícia, cada órgão era vendido por cerca de 10.000 dólares aos pacientes receptores, que recebiam o transplante em operações simultâneas em hospitais de Durban.
Os "doadores" dos órgãos regressavam ao Brasil com a missão de recrutar novos interessados em vender seus rins.
O superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, Wilson Damázio, decidiu acusar formalmente os doadores por tráfico de órgãos, por considerá-los tão responsáveis quanto os intermediários e os receptores.
"Eles não podem ser considerados vítimas. Eles entregaram seus rins por vontade própria, receberam o dinheiro e participaram livremente do comércio de órgãos", alegou o encarregado pela investigação.
Sua opinião, no entanto, não foi compartilhada pela juíza federal Amanda Lucena, que, em seu veredicto de hoje, os considerou inocentes de todas as acusações.
A juíza levou em conta os graves problemas de saúde que sofreram vários dos doadores depois da extração de seus órgãos.
Entre as pessoas que foram detidas no ano passado por sua participação na organização do tráfico de órgãos está o capitão da polícia Iván Bonifacio da Silva, acusado de ter intermediado várias das negociações para a compra de rins.
O oficial chegou a alegar que, com sua ação, além de ter salvo as vidas de pessoas que necessitavam dos órgãos, ajudou brasileiros que precisavam de dinheiro para comer.
Também disse que ganhava perto de 2.000 dólares por cada pessoa que convencia a doar seu rim.
Entre os acusados também aparecem o oficial do exército de Israel aposentado Gegalya Tauber Gadu e outro cidadão do país, identificado como Eliezer Ramon.
Caso sejam considerados culpados, eles podem ser condenados a penas de até treze anos de prisão pelos delitos de associação com o crime e comércio de órgãos.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/372874/visualizar/
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