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Árabes consideram veto dos EUA na ONU "licença para matar"
O veto americano a uma resolução da ONU que condenava a atual operação militar israelense em Gaza, na qual já morreram cerca de 90 palestinos, foi interpretado no mundo árabe como um aval para que o exército leve a ofensiva adiante.
Votado na terça-feira no Conselho de Segurança, o documento condenava a incursão israelense "Dias de Penitência", lançada no último dia 29 contra o campo de refugiados de Jabalya, no norte de Gaza.
A resolução condenatória recebeu o voto favorável de 11 dos 15 membros do Conselho de Segurança, e a abstenção de Reino Unido, Romênia e Alemanha, mas o veto dos EUA evitou que prosperasse.
Os jornais jordanianos foram unânimes hoje em assinalar que a negativa americana a aprovar a resolução do Conselho de Segurança da ONU "dá sinal verde a Israel para que continue com suas práticas genocidas".
"Os EUA dá as costas à legalidade internacional, à opinião pública mundial e aos direitos humanos, e só se dedicam a proteger a arrogância de Israel", diz em seu editorial o jornal "Al Rai".
Os meios de comunicação sírios destacaram, por sua vez, que o veto americano não foi uma surpresa, pois "os EUA já haviam evitado em 29 ocasiões que a comunidade internacional condenasse as ações de Israel na Palestina", publicou o diário estatal "Tishreen".
"O Conselho de Segurança emitiu mais de 40 resoluções nas quais pedia a Israel que se retirasse dos territórios palestinos e (Israel) não aplicou nenhuma delas. A Assembléia Geral da ONU aprovou mais de 600, com a mesma resposta por parte de Israel", lembrou.
A postura dos EUA de não condenar as incursões israelenses em Gaza "abre caminho a (Ariel) Sharon para que continue com o assassinato de civis, que devem ser protegidos pela legalidade internacional", afirmou.
No Líbano, o jornal em francês "L'Orient-Le Jour" escreveu que "Washington retoma a prática do veto para proteger o Estado judeu". Mais contundente foi o xeque Mohamad Hussein Fadlala, um dos mais principais líderes religiosos xiitas no Líbano, para quem "os rios de sangue palestino são o resultado do apoio incondicional dos EUA a Israel".
Em seu editorial, o diário "Al Anuar" vinculou o veto da Casa Branca com as próximas eleições presidenciais nos EUA e afirmou que os dois candidatos precisam do voto dos judeus americanos para serem eleitos.
"O que podem esperar os árabes dos EUA depois de terem dado a Sharon o aval para massacrar na Palestina sob o veto americano?", questionava, por sua vez, o diário "Al Khalij", dos Emirados Árabes.
"Os EUA deram aos criminosos de guerra sionistas carta branca para cometerem mais crimes e atrocidades contra os palestinos. Com seu veto, contrário à maioria dos membros do Conselho de Segurança, jogaram fora a legitimidade internacional", acrescentou.
A publicação de Bahrein "Gulf Daily News" se somou às vozes de repúdio e, em seu editorial, ressaltou que "inclusive a perversa censura (da resolução) foi vetada pelos EUA".
Seu embaixador na ONU, John "Danforth justificou esta medida acusando o restante do mundo de conspirar contra Israel enquanto há um insidioso silêncio sobre o terrorismo", acrescentou.
"O terrorismo não é novo. Não começou com os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA. Israel lançou sua própria campanha contra os palestinos há mais de 50 anos, matou milhares e deslocou outros tantos, mas isso está bem, segundo parece, para Danforth e o governo que representa."
Votado na terça-feira no Conselho de Segurança, o documento condenava a incursão israelense "Dias de Penitência", lançada no último dia 29 contra o campo de refugiados de Jabalya, no norte de Gaza.
A resolução condenatória recebeu o voto favorável de 11 dos 15 membros do Conselho de Segurança, e a abstenção de Reino Unido, Romênia e Alemanha, mas o veto dos EUA evitou que prosperasse.
Os jornais jordanianos foram unânimes hoje em assinalar que a negativa americana a aprovar a resolução do Conselho de Segurança da ONU "dá sinal verde a Israel para que continue com suas práticas genocidas".
"Os EUA dá as costas à legalidade internacional, à opinião pública mundial e aos direitos humanos, e só se dedicam a proteger a arrogância de Israel", diz em seu editorial o jornal "Al Rai".
Os meios de comunicação sírios destacaram, por sua vez, que o veto americano não foi uma surpresa, pois "os EUA já haviam evitado em 29 ocasiões que a comunidade internacional condenasse as ações de Israel na Palestina", publicou o diário estatal "Tishreen".
"O Conselho de Segurança emitiu mais de 40 resoluções nas quais pedia a Israel que se retirasse dos territórios palestinos e (Israel) não aplicou nenhuma delas. A Assembléia Geral da ONU aprovou mais de 600, com a mesma resposta por parte de Israel", lembrou.
A postura dos EUA de não condenar as incursões israelenses em Gaza "abre caminho a (Ariel) Sharon para que continue com o assassinato de civis, que devem ser protegidos pela legalidade internacional", afirmou.
No Líbano, o jornal em francês "L'Orient-Le Jour" escreveu que "Washington retoma a prática do veto para proteger o Estado judeu". Mais contundente foi o xeque Mohamad Hussein Fadlala, um dos mais principais líderes religiosos xiitas no Líbano, para quem "os rios de sangue palestino são o resultado do apoio incondicional dos EUA a Israel".
Em seu editorial, o diário "Al Anuar" vinculou o veto da Casa Branca com as próximas eleições presidenciais nos EUA e afirmou que os dois candidatos precisam do voto dos judeus americanos para serem eleitos.
"O que podem esperar os árabes dos EUA depois de terem dado a Sharon o aval para massacrar na Palestina sob o veto americano?", questionava, por sua vez, o diário "Al Khalij", dos Emirados Árabes.
"Os EUA deram aos criminosos de guerra sionistas carta branca para cometerem mais crimes e atrocidades contra os palestinos. Com seu veto, contrário à maioria dos membros do Conselho de Segurança, jogaram fora a legitimidade internacional", acrescentou.
A publicação de Bahrein "Gulf Daily News" se somou às vozes de repúdio e, em seu editorial, ressaltou que "inclusive a perversa censura (da resolução) foi vetada pelos EUA".
Seu embaixador na ONU, John "Danforth justificou esta medida acusando o restante do mundo de conspirar contra Israel enquanto há um insidioso silêncio sobre o terrorismo", acrescentou.
"O terrorismo não é novo. Não começou com os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA. Israel lançou sua própria campanha contra os palestinos há mais de 50 anos, matou milhares e deslocou outros tantos, mas isso está bem, segundo parece, para Danforth e o governo que representa."
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/372892/visualizar/
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