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Cidades/Geral
Terça - 05 de Outubro de 2004 às 09:02

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Em Cuiabá e Várzea Grande, a greve dos bancários entra hoje do 13º dia sem previsão de um desfecho para os próximos dias. Mas a partir de hoje, efetivamente 30% dos funcionários de todas as agências da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Amazônia (Basa) vão comparecer para trabalhar, conforme decisão da assembléia realizada no início da noite de ontem.

Entretanto, a presença desse percentual de funcionários não garante a reabertura dos bancos. O presidente do Sindicato dos Bancários, Eduardo Alencar, que ontem à tarde se reuniu com diretores administrativos regionais e gerentes de diversos bancos, disse que não pode fazer com que as agências abram as portas.

A procuradora chefe do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso, Eliney Bezerra Veloso, entende que a liminar concedida na semana passada pela juíza do Tribunal Regional do Trabalho, Maria Berenice Carvalho de Souza, não apenas obriga que 30% dos grevistas retornem ao trabalho, mas que as agências voltem atender o público.

Na sexta-feira, Eliney Veloso vistoriou algumas agências e depois de confirmar que poucos funcionários estavam trabalhando, bem menos que o percentual determinado na medida judicial, ameaçou executar a cobrança da multa de R$ 50 mil imposta pela juíza sindicato em caso de descumprimento da liminar.

O gerente administrativo da Superintendência do Branco do Brasil em Mato Groso, Sávio Eduardo Cappellari, acha impossível manter as agências abertas com menos da metade dos funcionários. Mas conforme Cappellari, 50% dos serviços oferecidos pelo BB estão à disposição da comunidade nos caixas de auto-atendimento e pela internet.

No Basa a situação é mais complicada. Dos 30 funcionários da única agência cuiabana apenas sete estão trabalhando. Mas por causa dos piquetes feitos pelos grevistas no horário que seria de atendimento ao público (das 11 às 16hs), nem o caixa eletrônico funciona, exceto à noite, depois da saída dos manifestantes, segundo o gerente regional Paulo Henrique de Almeida.

Além do atendimento aos correntistas, Paulo Almeida está preocupado com os pedidos de empréstimo do programa de financiamento da agricultura familiar que esperam análise para liberação dos recursos. Conforme o gerente regional, quase R$ 8 milhões para o plantio agrícola estão à disposição dos produtores e deveriam atender três mil famílias. “Mas já começou a chover e o pode não sair a tempo para o plantio”, lamentou.




Fonte: Diário de Cuiabá

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