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Saúde
Terça - 05 de Outubro de 2004 às 08:39

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A Secretaria de Estado de Saúde alerta a população de Mato Grosso para uma virose que vêm ocorrendo com constância no Estado e que exige cuidados por ser uma doença diarréica que pode levar à morte e que vitima especialmente as crianças: o rotavírus. Apesar de sua periculosidade a doença pode ser prevenida e controlada com algumas medidas simples de higiene.

Os principais sintomas da rotavírus são febres intermitentes, vômito, diarréias de difícil controle e dor abdominal. Segundo a médica e técnica da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (Sés), Sandra Moreira Monteiro, o tratamento da doença pode durar de 4 a 7 dias. No estágio avançado o paciente pode apresentar sinais de apatia, olhos fundos, boca seca e choro sem lágrimas. Nesses casos, a médica recomenda que seja uma unidade de Saúde seja procurada.

Os vômitos de difícil controle formam o sinal mais comum desse tipo de virose. Se uma criança, ou um adulto, vomita o primeiro passo é se administrar um antiemético para evitar o vômito. Junto com ele, normalmente, se administra um soro hidratante. Se a pessoa vomitar logo após a administração dessa medicação, ou de um simples chá administrado, está configurado o vômito de difícil controle.

Rotavírus

O rotavírus mata mais de 600 mil crianças em todo o mundo e que é responsável por 20% das mortes por doenças infantis diarréicas e 5% das mortes em crianças menores de cinco anos nos países em desenvolvimento, assim é a rotavírus. Ela tem esse nome porque o vírus que causa a doença é em forma de roda. A região Centro-Oeste é a 4ª colocada em ocorrência de diarréias associadas ao rotavírus.

Prevenção

Com um vírus que fica incubado durante dois dias e que pode ser transmitido por superfícies contaminadas, a doença é facilmente disseminada mas pode ser evitada com medidas simples de higienização: lavar as mãos, com água e sabão, antes de comer qualquer alimento ou beber água, ingerir o líquido apenas se ele tiver sido tratado, consumir alimentos apenas se tiverem sido bem cozidos e o acondicionamento de alimentos perecíveis são algumas delas.

Quem estiver tratando de crianças que tenham a doença deve tomar cuidados para não contrair o vírus. Esses cuidados incluem lavar as mãos com água e sabão antes e depois de trocar fraldas de cada criança, se desfazer das fezes das fraldas de tecido de modo adequado, lavar e desinfetar mamadeiras e chupes antes do uso e realizar limpeza e desinfecção constante de objetos e ambiente, pois o simples contato com qualquer superfície contaminada pode transmitir o vírus.

Não usar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados, guardar a água em vasilhas limpas, de boca estreita e com tampas, mergulhar frutas, verduras e legumes, durante 30 minutos, em uma solução preparada com uma colher de sopa de hipoclorito de sódio, a 2,5 por cento, para cada litro água, defecar em vasos sanitários ou, na falta deles, enterrar as fezes longe de cursos de água e incentivar o aleitamento materno são outras medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde para a prevenção e controle da doença.

Tratamento

O tratamento é baseado na reidratação do paciente. Uma em cada quarenta crianças, em média, precisa ser hospitalizada para receber hidratação endovenosa. Para combater a doença o Ministério da Saúde definiu um projeto de estudo e controle da doença, oficinas de capacitação em Monitorização das Doenças Diarréicas Agudas e a distribuição do hipoclorito de sódio, com uma concentração de 2,5%, para desinfecção da água de consumo em famílias sem acesso a água potável.




Fonte: RMT online

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