Repórter News - reporternews.com.br
Higiene de ‘remédios’ questionada
Para quem prefere usar produtos de raizeiros para a cura, deve ter muito cuidado quanto à sua eficácia. Este alerta é da farmacêutica do Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá Sandra Antunes, que questiona as condições de como os produtos são oferecidos por eles e como chegam ao consumidor, sem higiene e nem conservação.
Isso não quer dizer que a planta, como um todo, seja flor, casca, folha, raiz e semente, não tenha valor medicinal. Pelo contrário, ela diz que todos possuem um importante poder de cura.
“Normalmente a planta fica exposta ao sol, num calor de 40 graus, e com isso todo o nutriente, o que tem de melhor nela, está evaporando. Já na farmácia, além de preservar a higiene, por estar embalado, fica sobre a refrigeração de ar-condicionado ou geladeira”, ressaltou a farmacêutica Sandra Antunes.
Ela questiona o método do raizeiro e compara o seu consumo como a de um serviço de preparo do “espetinho”, em que ficam expostos ao ar com poeira e a pessoa que manuseia pode estar com a mão suja.
“O medicamento não é uma coisa que tem que ser vendido em banca, seja lá qual for ele, de acordo com a legislação. Uma planta colhida e feita na hora tem muito mais valor medicinal”, ressaltou.
Portanto, a recomendação é que a pessoa que não tem condições de comprar um produto na farmácia, ou que prefere as plantas medicinais, que plante-as em casa ou as compre em uma farmácia, que receberá toda a orientação correta, e em estabelecimentos especializados.
“Às vezes acaba saindo mais caro do que comprar na farmácia e a eficácia nem sempre é garantida. É porque o raizeiro não tem a garantia do processo de plantio, coleta, dissecação, acondicionamento e embalagem, se vão ser corretos. Normalmente ele não tem estudo e tem o conhecimento medicinal adquirido da família”, explicou a farmacêutica.
Há também a questão da qualidade do solo, se ele vai ter o princípio ativo preservado para manter os nutrientes.
Hoje as plantas medicinais estão sendo mais estudadas e a Secretaria de Estado de Saúde está oferecendo aos profissionais de todo Mato Grosso um curso de fitoterápicos.
“É só uma pessoa que estuda botânica que pode avaliar se a espécie apresentado pelo raizeiro ao consumidor está correta. E alguém com conhecimento técnico em farmácia, ou o próprio farmacêutico, é quem pode determinar o teor de princípio ativo”, esclareceu.
Horto medicinal
Os fitoterápicos, remédios naturais utilizados pela cultura popular, como capim cidreira, erva cidreira, boldo do chile, folha de goibeira e outros, serão cultivados em alguns pontos da cidade, nos chamados hortos medicinais.
Neles serão produzidas 34 espécies de plantas medicinais com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Todas em três pólos, nas regiões dos bairros Pedra 90, CPA e Osmar Cabral.
Outras plantas que são do bioma mato-grossense (cerrado, pantanal e floresta) também serão estudadas para a avaliação de suas propriedades farmacêuticas.
Conforme informações da assessoria de comunicação da Saúde do município, já existem mais de 200 mil espécies de plantas sendo pesquisadas e que pelo menos metade apresenta alguma propriedade terapêutica.
Este projeto conta com parceria da Secretaria Municipal de Educação com a Universidade Popular Comunitária.
O objetivo é evitar a auto-medicação e fornecer remédios a baixo custo.
Isso não quer dizer que a planta, como um todo, seja flor, casca, folha, raiz e semente, não tenha valor medicinal. Pelo contrário, ela diz que todos possuem um importante poder de cura.
“Normalmente a planta fica exposta ao sol, num calor de 40 graus, e com isso todo o nutriente, o que tem de melhor nela, está evaporando. Já na farmácia, além de preservar a higiene, por estar embalado, fica sobre a refrigeração de ar-condicionado ou geladeira”, ressaltou a farmacêutica Sandra Antunes.
Ela questiona o método do raizeiro e compara o seu consumo como a de um serviço de preparo do “espetinho”, em que ficam expostos ao ar com poeira e a pessoa que manuseia pode estar com a mão suja.
“O medicamento não é uma coisa que tem que ser vendido em banca, seja lá qual for ele, de acordo com a legislação. Uma planta colhida e feita na hora tem muito mais valor medicinal”, ressaltou.
Portanto, a recomendação é que a pessoa que não tem condições de comprar um produto na farmácia, ou que prefere as plantas medicinais, que plante-as em casa ou as compre em uma farmácia, que receberá toda a orientação correta, e em estabelecimentos especializados.
“Às vezes acaba saindo mais caro do que comprar na farmácia e a eficácia nem sempre é garantida. É porque o raizeiro não tem a garantia do processo de plantio, coleta, dissecação, acondicionamento e embalagem, se vão ser corretos. Normalmente ele não tem estudo e tem o conhecimento medicinal adquirido da família”, explicou a farmacêutica.
Há também a questão da qualidade do solo, se ele vai ter o princípio ativo preservado para manter os nutrientes.
Hoje as plantas medicinais estão sendo mais estudadas e a Secretaria de Estado de Saúde está oferecendo aos profissionais de todo Mato Grosso um curso de fitoterápicos.
“É só uma pessoa que estuda botânica que pode avaliar se a espécie apresentado pelo raizeiro ao consumidor está correta. E alguém com conhecimento técnico em farmácia, ou o próprio farmacêutico, é quem pode determinar o teor de princípio ativo”, esclareceu.
Horto medicinal
Os fitoterápicos, remédios naturais utilizados pela cultura popular, como capim cidreira, erva cidreira, boldo do chile, folha de goibeira e outros, serão cultivados em alguns pontos da cidade, nos chamados hortos medicinais.
Neles serão produzidas 34 espécies de plantas medicinais com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Todas em três pólos, nas regiões dos bairros Pedra 90, CPA e Osmar Cabral.
Outras plantas que são do bioma mato-grossense (cerrado, pantanal e floresta) também serão estudadas para a avaliação de suas propriedades farmacêuticas.
Conforme informações da assessoria de comunicação da Saúde do município, já existem mais de 200 mil espécies de plantas sendo pesquisadas e que pelo menos metade apresenta alguma propriedade terapêutica.
Este projeto conta com parceria da Secretaria Municipal de Educação com a Universidade Popular Comunitária.
O objetivo é evitar a auto-medicação e fornecer remédios a baixo custo.
Fonte:
Folha do Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/373231/visualizar/
Comentários