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Queda da soja faz cair preço do arrendamento de terras em MT
Nos últimos três anos, os produtores de soja aumentaram a área cultivada à base da compra de terras e principalmente do arrendamento de áreas agricultáveis. A explosão da demanda se refletiu nos preços: o valor do aluguel de terras subiu 60% nos últimos quatro anos em Mato Grosso. Da mesma forma, a queda dos preços da soja está se refletindo no valor do arrendamento nas principais áreas produtoras de grãos.
"No início do ano, o arrendamento não saía por menos de 8 sacas de soja (R$ 264) por hectare. Agora que os preços da oleaginosa caíram, já é possível encontrar áreas por 3 ou 4 sacas de soja (R$ 99 a R$ 132)", diz Giovani Müller, gerente da Fazenda Viana, de Nova Xavantina, região leste de Mato Grosso.
Müller diz que o preço do arrendamento está retornando aos níveis historicamente praticados em razão do aumento de até 40% dos custos de produção, a queda dos preços da soja - que recuaram 48% desde maio, quando foi feito o anúncio da supersafra americana - e o atraso na liberação do custeio. "Nos últimos três anos, pessoas que tradicionalmente alugavam terras para terceiros resolveram plantar em áreas próprias e em terras arrendadas. Neste ano, o quadro é outro: sobram áreas para serem alugadas", diz Müller.
Em Mato Grosso, áreas destinadas à lavoura de soja estavam cotadas, na moeda do produtor, a 8 sacas (R$ 264) por hectare e estão retornando aos patamares históricos de 5 sacas (R$ 165). Terras destinadas ao cultivo de algodão, cujo arrendamento era cotado a 12 sacas de soja (R$ 396) por hectare, recuaram 17% e são oferecidas hoje a 10 sacas de soja (R$ 330).
Contratos na berlinda
Para Fábio Meneghin, analista da Agroconsult, a pressão pela queda dos arrendamentos pode afetar inclusive contratos que estão assinados e lavrados em cartório. "Alguns produtores já estão mantendo conversas informais para tentar renegociar os contratos", diz Meneghin. "Uma renegociação é ruim para as duas partes, mas em algumas situações o dono da terra tem que escolher entre receber a terra de volta ou tomar um calote", diz.
Para um grande produtor de Campo Verde, que arrendou 12 mil hectares, os contratos já assinados são sagrados. "Em mais de 20 anos de agricultura, nunca vi um contrato de arrendamento ser questionado. As margens serão menores e o ano será difícil, mas pretendo honrar tudo que assinei", afirma.
Tradicionalmente, os contratos de aluguel contemplam três safras. Em áreas novas, o arrendatário começa a pagar o aluguel a partir da terceira safra, mas os custos de abertura correm por sua conta.
"No início do ano, o arrendamento não saía por menos de 8 sacas de soja (R$ 264) por hectare. Agora que os preços da oleaginosa caíram, já é possível encontrar áreas por 3 ou 4 sacas de soja (R$ 99 a R$ 132)", diz Giovani Müller, gerente da Fazenda Viana, de Nova Xavantina, região leste de Mato Grosso.
Müller diz que o preço do arrendamento está retornando aos níveis historicamente praticados em razão do aumento de até 40% dos custos de produção, a queda dos preços da soja - que recuaram 48% desde maio, quando foi feito o anúncio da supersafra americana - e o atraso na liberação do custeio. "Nos últimos três anos, pessoas que tradicionalmente alugavam terras para terceiros resolveram plantar em áreas próprias e em terras arrendadas. Neste ano, o quadro é outro: sobram áreas para serem alugadas", diz Müller.
Em Mato Grosso, áreas destinadas à lavoura de soja estavam cotadas, na moeda do produtor, a 8 sacas (R$ 264) por hectare e estão retornando aos patamares históricos de 5 sacas (R$ 165). Terras destinadas ao cultivo de algodão, cujo arrendamento era cotado a 12 sacas de soja (R$ 396) por hectare, recuaram 17% e são oferecidas hoje a 10 sacas de soja (R$ 330).
Contratos na berlinda
Para Fábio Meneghin, analista da Agroconsult, a pressão pela queda dos arrendamentos pode afetar inclusive contratos que estão assinados e lavrados em cartório. "Alguns produtores já estão mantendo conversas informais para tentar renegociar os contratos", diz Meneghin. "Uma renegociação é ruim para as duas partes, mas em algumas situações o dono da terra tem que escolher entre receber a terra de volta ou tomar um calote", diz.
Para um grande produtor de Campo Verde, que arrendou 12 mil hectares, os contratos já assinados são sagrados. "Em mais de 20 anos de agricultura, nunca vi um contrato de arrendamento ser questionado. As margens serão menores e o ano será difícil, mas pretendo honrar tudo que assinei", afirma.
Tradicionalmente, os contratos de aluguel contemplam três safras. Em áreas novas, o arrendatário começa a pagar o aluguel a partir da terceira safra, mas os custos de abertura correm por sua conta.
Fonte:
Mídia News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/373520/visualizar/
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