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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 01 de Outubro de 2004 às 09:38

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A greve dos servidores do Ibama em Mato Grosso, deflagrada ontem, paralisou todas as atividades de fiscalização, análise e emissão de licenças ambientais e de prevenção e combate às queimadas no Estado. Em Cuiabá, onde fica a sede do órgão, até mesmo as ligações telefônicas estão sendo atendidas por membros do comando de greve desde ontem.

No município de Várzea Grande, onde está um dos mais importantes postos de fiscalização do Estado, o do “Trevo do Lagarto”, às 12 horas de ontem foram suspensos os serviços de vistoria do transporte da madeira que vem principalmente da região Norte de Mato Grosso e do Estado de Rondônia. Lá, entre 250 e 280 caminhões de madeiras são fiscalizados diariamente - entre a zero hora e o início da greve 156 cargas haviam sido vistoriadas. Depois, disso o serviço foi paralisado.

A greve é de quase 100% também nas três gerências do interior – Barra do Garças, Juína e Sinop -, segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Área do Meio Ambiente (Sintfama-MT), Almira Lemos.

A sindicalista informou ainda que os escritórios do Ibama nas cidades de Rondonópolis, Cáceres, Aripuanã, Guarantã do Norte, Brasnorte, São José do Rio Claro e Juara também estão fechados.

As reivindicações dos grevistas são: extensão dos 35% de reajuste concedido ano passado pelo governo Federal a título de gratificação aos trabalhadores da Agência Nacional das Águas (ANA) aos servidores dos outros dois órgãos ligados ao Ministério do Meio Ambiente, que são Ibama e Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e o cumprimento do item do acordo coletivo de 2003 que previa a inserção dos aposentados no Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS).

Na visão de Almira Lemos, é inaceitável que servidores de um mesmo ministério, integrantes de um só plano de carreira, tenham salários diferentes no exercício de funções similares.

Conforme a sindicalista, a greve é por tempo indeterminado e foi deflagrada porque o governo se recusa a estender a gratificação aos trabalhadores do Ibama e do Jardim Botânico e ainda não incluiu os inativos no PCCS.

Desde outubro do ano passado, quando os servidores da ANA passaram a receber a gratificação, os sindicatos negociam com o governo. Em agosto deste ano, a gratificação foi regulamentada pelo governo através de portaria, mas continua sendo paga somente para os trabalhadores da Agência das Águas.

Em férias, o gerente do Ibama em Mato Grosso, Hugo Werner, disse por telefone que sabe apenas que os servidores estão em greve, mas não poderia avaliar as conseqüências do movimento. O gerente substituto Marcos Pinto Gomes não foi localizado pela reportagem.




Fonte: Diário de Cuiabá

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