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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quinta - 30 de Setembro de 2004 às 09:28

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O governo da Rússia aprovou nesta quinta-feira o Protocolo de Kyoto sobre mudanças climáticas e enviou o documento para ratificação no Parlamento.

Até agora, a Rússia vinha hesitando em aderir ao tratado, que só pode entrar em vigor com a ratificação dos russos.

O Protocolo de Kyoto prevê a redução das emissões de gases do efeito estufa, que muitos cientistas acreditam ser a causa do aquecimento global e de mudanças no clima.

O presidente russo, Vladimir Putin, deixou claro anteriormente seu apoio ao compromisso de Kyoto, mas o principal assessor econômico de Putin, Andrei Illarionov, disse que o tratado vai coibir o crescimento da economia.

A legislação necessária para a ratificação do tratado deverá passar pelo Parlamento russo sem dificuldades e, teoricamente, o tratado pode entrar em vigor dentro de três meses.

Como os Estados Unidos, o país que mais polui no mundo, retirou-se do Protocolo de Kyoto há três anos, o tratado ficou dependente da ratificação russa para existir.

Ganhos políticos

Putin colocou fim à confusão sobre a posição russa em maio, quando manifestou desejo de ver o tratado ratificado. Vários ministérios receberam recomendação no começo deste mês de se preparar para a ratificação.

No entanto, alguns economistas influentes do Kremlin colocaram em dúvida o quanto a Rússia pode reduzir suas emissões de gases do efeito estufa num momento em que vive um reflorescimento industrial e estabeleceu uma meta de dobrar seu PIB em uma década.

Nesta semana, destacados cientistas russos aconselharam contra a ratificação e alegaram que não há evidências que vinculem as emissões de gases do efeito estufa a mudanças climáticas.

Mas o fator decisivo parece não ser o custo do tratado para a economia, mas os benefícios políticos que ele pode trazer.

Há rumores de que um apoio mais forte da União Européia à candidatura russa à OMC (Organização Mundial do Comércio) possa ser a resposta à ratificação do tratado pela Rússia.




Fonte: BBC Brasil

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