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MT está abaixo da média nacional em acesso a abastecimento e luz
Pesquisa do IBGE também mostrou que no Estado a coleta de lixo é menos abrangente que no conjunto do restante do país.
Quem mora em Mato grosso tem menos acesso a serviços de abastecimento de água, rede de esgoto, coleta de lixo e iluminação elétrica do que a média dos brasileiros no restante do país.
A falta de políticas públicas foi mostrada no resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2003, divulgada ontem pelo IBGE. “Os governantes devem olhar com mais atenção para a população”, analisou o chefe do órgão no Estado, Delvaldo Benedito de Souza, em entrevista coletiva ontem.
Enquanto 85,6% das casas brasileiras têm coleta de lixo, a porcentagem nos lares mato-grossenses é de 71,5%. Na coleta de esgoto, a desvantagem é maior. No Estado, ela está presente em 46,5% das residências contra o índice nacional de 68,9%.
Os números traduzem a realidade do bairro Três Poderes, em Cuiabá, e de quem mora ali. O lixo é jogado pelos moradores em uma área comum. Não há rede de esgoto nem asfalto. Apenas há quatro meses, os “gatos” de energia elétrica puxados do Residencial Paiaguás foram substituídos pela ligação da rede.
O lugar onde mora a estudante Leidiane Rosa da Silva, de 16 anos, também foi enquadrado nas estatísticas da PNAD 2003. As casas de tábua como a dela constituem 1,6% das moradias do Centro-Oeste. “Quando chove, tem que colocar tudo em cima do sofá porque molha”, conta. Assim como em 46% das dos lares mato-grossenses, ali não há telefone fixo.
Nas palavras do padrasto da adolescente, o vigia Delmar Costa e Silva, a instalação do aparelho ficará para depois, já que as despesas aumentaram com a chegada da energia. “Tem pessoa que ganha R$ 60 lavando roupa do pessoal do Paiaguás e veio mais de R$ 200 de conta. A minha, em 41 dias, veio R$ 102”, contou ainda surpreso.
Mas as despesas não impediram que a popularização do celular chegasse para os moradores do Três Poderes. O padrasto e a esposa, costureira, têm aparelhos pré-pagos. No quesito “somente celular”, são 397.322 mato-grossenses. Possuir apenas o telefone móvel está diretamente relacionado com a faixa de renda. Dentre eles, 86,8% estão na menor classe, dos que ganham até 10 salários mínimos por mês. A maioria dos que ganham mais de 20 salários mínimos, 89,5%, possuem celulares e telefones fixos.
A pesquisa mostra que a quantidade de pessoas que moram em uma mesma casa tem diminuído. A média estadual é quase igual à nacional, 3,6 e 3,5 pessoas por domicílio, respectivamente. Números muito diferentes da casa de Leidiane. Ali, são três irmãos, a mãe, o padrasto e ela.
Quem mora em Mato grosso tem menos acesso a serviços de abastecimento de água, rede de esgoto, coleta de lixo e iluminação elétrica do que a média dos brasileiros no restante do país.
A falta de políticas públicas foi mostrada no resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2003, divulgada ontem pelo IBGE. “Os governantes devem olhar com mais atenção para a população”, analisou o chefe do órgão no Estado, Delvaldo Benedito de Souza, em entrevista coletiva ontem.
Enquanto 85,6% das casas brasileiras têm coleta de lixo, a porcentagem nos lares mato-grossenses é de 71,5%. Na coleta de esgoto, a desvantagem é maior. No Estado, ela está presente em 46,5% das residências contra o índice nacional de 68,9%.
Os números traduzem a realidade do bairro Três Poderes, em Cuiabá, e de quem mora ali. O lixo é jogado pelos moradores em uma área comum. Não há rede de esgoto nem asfalto. Apenas há quatro meses, os “gatos” de energia elétrica puxados do Residencial Paiaguás foram substituídos pela ligação da rede.
O lugar onde mora a estudante Leidiane Rosa da Silva, de 16 anos, também foi enquadrado nas estatísticas da PNAD 2003. As casas de tábua como a dela constituem 1,6% das moradias do Centro-Oeste. “Quando chove, tem que colocar tudo em cima do sofá porque molha”, conta. Assim como em 46% das dos lares mato-grossenses, ali não há telefone fixo.
Nas palavras do padrasto da adolescente, o vigia Delmar Costa e Silva, a instalação do aparelho ficará para depois, já que as despesas aumentaram com a chegada da energia. “Tem pessoa que ganha R$ 60 lavando roupa do pessoal do Paiaguás e veio mais de R$ 200 de conta. A minha, em 41 dias, veio R$ 102”, contou ainda surpreso.
Mas as despesas não impediram que a popularização do celular chegasse para os moradores do Três Poderes. O padrasto e a esposa, costureira, têm aparelhos pré-pagos. No quesito “somente celular”, são 397.322 mato-grossenses. Possuir apenas o telefone móvel está diretamente relacionado com a faixa de renda. Dentre eles, 86,8% estão na menor classe, dos que ganham até 10 salários mínimos por mês. A maioria dos que ganham mais de 20 salários mínimos, 89,5%, possuem celulares e telefones fixos.
A pesquisa mostra que a quantidade de pessoas que moram em uma mesma casa tem diminuído. A média estadual é quase igual à nacional, 3,6 e 3,5 pessoas por domicílio, respectivamente. Números muito diferentes da casa de Leidiane. Ali, são três irmãos, a mãe, o padrasto e ela.
Fonte:
diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/373626/visualizar/
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