Educação de Jovens e Adultos aumentará em 2005

O número de alunos matriculados no Ensino Fundamental da Educação de Jovens e Adultos deverá ser quase triplicada em Mato Grosso, saindo dos atuais 12.538 mil para 37 mil.

No Ensino Fundamental da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de todo o Brasil, o número de alunos deverá ser triplicado. Em Mato Grosso, com o início do programa LetrAção, em cinco meses o Estado terá milhares de alunos preparados para ingressar no Ensino Fundamental da EJA.

O programa tem como meta erradicar o analfabetismo no Estado até 2006. As aulas iniciam no dia 18 de outubro. Portanto, em março, a quantidade de alunos matriculados no Ensino Fundamental da EJA subirá dos atuais 12.538 mil para 37 mil.

A líder da equipe da EJA da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Neuza do Nascimento, adianta que a equipe, juntamente com os consultores, já está trabalhando para atender esta demanda.

A meta do Plano Nacional da Educação (PNE) é oferecer a Educação de Jovens e Adultos de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental para 50% da população de 15 anos ou mais que não possui esta escolarização, em cinco anos. Em dez anos, está prevista a oferta da EJA de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental para todos aqueles que já concluíram a 4ª série.

No Brasil, existem 30,6 milhões de pessoas de 15 anos ou mais fora da escola que têm menos que quatro anos de estudo. Somente em Mato Grosso são 225 mil analfabetos, representando 11,1% da população do Estado, sendo que, a maioria está na faixa etária de 25 a 59 anos.

ENSINO FUNDAMENTAL - De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o Ensino Fundamental para a faixa etária de 7 a 14 anos é o único nível de ensino no qual haverá queda do número de estudantes. Dos atuais 31,5 milhões de alunos no setor público, o número tende a diminuir para 24,7 milhões, em 2011. A queda na matrícula, já verificada nos últimos anos, está acontecendo em função da melhoria do fluxo escolar, aliada à taxa de atendimento de 97%.

Segundo o INEP, o desafio para este tipo de ensino, será melhorar a qualidade da educação. Também deverão ser asseguradas às escolas, de acordo com o PNE, padrões mínimos de funcionamento, a ampliação para nove anos do Ensino Fundamental e a ampliação da jornada escolar.