Acusado de mandar matar o próprio filho, um empresário de 72 anos vai a júri popular no próximo dia 30 de novembro, no Tribunal do Júri, no Fórum de Cuiabá. Além desse crime, Silas Caetano de Farias é réu em outros processos. Ele é acusado de mandar assassinar outros três filhos. Das quatro vítimas, três morreram. Por ter mais de 65 anos e apresentar problemas de saúde, o empresário cumpre pena em prisão em regime domiciliar.
A defesa do empresário disse que irá aguardar o julgamento, já que os recursos foram esgotados. "Vamos ver qual será a decisão dos jurados e depois analisar o que pode ser feito", informou o advogado Waldir Caldas.
O empresário será julgado no dia 30 do mês que vem pela morte de Marcelo Dias dos Santos. O crime ocorreu em março de 2004, em frente a um lava-jato na Avenida Marechal Deodoro, no bairro Araés, na capital. Como consta no processo, em tramitação na Primeira Vara Criminal de Cuiabá, o acusado culpava a vítima por um assalto ocorrido no momento em que saía de casa para efetuar um depósito no valor de R$ 20 mil em dinheiro, referente à venda de um veículo feita pela vítima.
“Após a venda do carro, o denunciado saiu para fazer o depósito no banco, mas foi assaltado no caminho e então passou a acusar a vítima de ser a responsável pelo assalto, iniciando uma série de ameaças que culminaram com a execução da vítima pelo indivíduo contratado por ele (acusado)”, diz trecho da ação penal. A vítima foi atingida por seis disparos de arma de fogo efetuados por um pistoleiro que teria sido contratado pelo acusado.
O caso começou a ser investigado e o empresário teve a prisão decretada após o único dos quatro filhos dele ter sobrevivido. Jassan Thiago Jorge, e a mãe dele, Dirce Rosa, ofereceram denúncia no Ministério Público Estadual (MPE) por tentativa de homicídio em abril do ano passado e entregaram o boletim de ocorrência registrado contra o pai.
O segundo homicídio que supostamente também seria a mando do acusado ocorreu em 2005. O filho dele, Jorge Luiz Pufal Salomão, foi assassinado próximo à Ponte de Ferro, no bairro Planalto, na capital, por uma pessoa não identificada. Conforme depoimentos, a própria vítima havia adiantado que se algo lhe acontecesse o responsável seria o próprio pai.
Além disso, o empresário é acusado de ter mandado executar o filho Érico Puffal de Farias, que era testemunha dos crimes, motivo pelo qual teria sido morto.
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