Justiça Federal ouve depoimentos das testemunhas de defesa de Júlio Bachs Mayada

O julgamento do uruguaio Júlio Bachs Mayada, iniciado na última segunda-feira (27), recomeçou hoje às 8h. Durante esta manhã, foi retomada a leitura da sentença judicial de todos os citados no processo.

Foram lidos os depoimentos das esposas do radialista Rivelino Brunini e Fauze Rachid Jaudy, Kelly Cristina Ferreira Santana e Kelmi Haruta, respectivamente.

Kelly Cristina, de acordo com o depoimento, nunca ouviu falar de Júlio Bachs e desconfiava que o marido tinha alguns negócios encobertos, mas não sabia do que se tratavam.

Durante a semana em que foi morto, Brunini estava depressivo. No mesmo dia em que foi assassinado, ele disse para a esposa que iria se desfazer de umas máquinas, pois estava cansado de tanta pressão. O pedreiro Gisleno Fernandes tinha sido contratado pelo radialista para fazer um serviço em Chapada dos Guimarães, por isso estava junto na hora do crime.

Depois que Brunini morreu, Kelly Cristina ficou sabendo, por meio da mídia, que o problema do Bachs era com o coronel reformado da PM, Frederico Lepesteur e com o sargento José Jesus de Freitas, e que estavam envolvidos com máquinas caça-níqueis.

De acordo com o depoimento, Kelly não acredita que o bicheiro tenha mandado matar o marido, uma vez que Rivelino, de certa forma, adorava o João Arcanjo Ribeiro.

O segundo depoimento lido foi o da esposa do empresário Fauze Rachid Jaudy, Kelmi Haruta, onde ela afirma que o marido começou a explorar máquinas caça-níqueis em 2001 e que o empresário não gostava das coisas erradas que Brunini fazia.

Kelmi não tem idéia de quem matou Fauze, mas desconfiava do sargento Jesus por ser sócio do radialista. Ela ainda afirmou, no depoimento, que só ouviu falar do nome de Bachs, quando algumas máquinas, roubadas de Fauze, foram levadas para a Estância 21.

Acusação

Júlio é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter intermediado os assassinatos de Rivelino Brunini e Fauze Rachid Jaudy. Ele também é apontado como braço direito do 'comendador' Arcanjo, na exploração ilegal de máquinas caça-níqueis no estado