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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 29 de Setembro de 2004 às 12:58

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Simona Torretta e Simona Pari, as duas voluntárias italianas libertadas ontem, terça-feira, após três semanas de seqüestro no Iraque, declararam hoje que são a favor de que o governo de Silvio Berlusconi retire o contingente militar do país. Em suas casas, nas cidades de Rimini e Roma, as duas voluntárias, de 29 anos, comversaram rapidamente com os jornalistas e lhes contaram sua experiência como reféns e sua visão do conflito iraquiano.

Pari afirmou que neste momento é necessário "não esquecer o Iraque, porque estão acontecendo coisas muito feias. É preciso denunciá-las, tentar compreender a realidade do país e mudá-la, inclusive com a retirada das tropas".

Torretta disse que é partidária da saída dos soldados estrangeiros do Iraque, entre eles os cerca de 2.700 da Itália.

As duas voluntárias destacaram que durante o cativeiro seu pensamento sempre esteve com suas famílias e no sofrimento que elas estariam passando e agradeceram todas as demonstrações de solidariedade recebidas por milhões de italianos, participantes de diversas iniciativas de apoio.

Nenhuma das duas está disposta a abandonar a cooperação internacional e se mostraram disponíveis a voltar ao Iraque novamente como voluntárias.

"Não devemos nos esquecer do povo iraquiano, dessas pessoas que estão sofrendo", disse Simona Torretta. Pari mandou "um beijo enorme a todos os iraquianos. Sinto falta das crianças, das mulheres, de todos os nossos amigos desse país, que sabemos estiveram muito perto de nós neste período".

A jovem voluntária acrescentou: "espero voltar em breve ao Iraque. É um país que amo muito. Também sinto falta de minha amiga Simona, mas neste momento estou muito feliz".

Torretta esclareceu o certo mistério que cercou a imagem das duas mulheres recém libertadas com uma caixa na mão e que, segundo o responsável da Cruz Vermelha Italiana, Maurizio Scella, continha doces e balas entregues pelos seqüestradores.

O que havia na caixa, que trouxeram até Itália, eram dez livros com explicações do Alcorão e sua tradução para o inglês, segundo a versão dada hoje pela voluntária.

Enquanto isso, um tribunal de Roma conduz o caso do seqüestro das duas jovens e, segundo a primeira impressão dos investigadores, não existem provas de que se tenha pago um resgate, embora essa possibilidade não constitua um crime para a legislação italiana.




Fonte: EFE

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